Parade: Caitriona Balfe diz que vale a pena lutar por um amor como o de ‘Outlander’

  • 14 de junho de 2019

Em 5 de junho, Caitriona Balfe, Sam Heughan, Sophie Skelton, Richard Rankin, a produtora executiva Maril Davis, a roteirista e produtora executiva Toni Graphia e o produtor de arte Jon Gary Steele estiveram em Los Angeles para o evento FYC da Starz, para promover a quarta temporada de Outlander para a temporada de premiações.

A Parade.com esteve no painel e cobriu os tópicos discutidos por Caitriona Balfe.

Claire é uma mulher moderna dos anos 1940 e volta no tempo para uma época em que as mulheres não têm função; elas são basicamente serventes dos seus maridos. Como é interpretar isso?
Isso tem sido o que é ótimo em interpretar essa personagem. Nós a conhecemos como uma jovem mulher, ela definitivamente estava no final dos seus 20 anos, e o marido dela era a pessoa que ela deferia de muitas maneiras. A Claire cresceu muito com isso.

Agora a Claire está nos seus 50 e poucos anos. Tem sido incrível passar por essa vida com essa personagem e  vê-la crescer. A Claire era uma pessoa de cabeça quente e temperamental. A sua necessidade de justiça e de poder dizer algo no momento não mudou, mas o que tem sido interessante é vê-la se tornar mais sábia e não tão tempestuosa e aprender a ter um pouco de calma.

Essa é a beleza em poder fazer uma série. Estamos nisso há 6 anos e meio. Você consegue deixar esses personagens evoluir de uma maneira muito orgânica. Acho que o Sam e eu adoramos ter essa oportunidade de levar esses personagens nessa jornada.

Parabéns à Claire, por ter uma opinião sobre a escravidão ser errada.
Enormes parabéns para os nossos roteiristas por tentar descrever a realidade da América Colonial e qual era a [expectativa] deste país, [ilustrando] o passado das pessoas que criaram esta democracia que temos hoje. Acho que é muito importante mostrar de onde todos vieram. Assumimos como uma grande responsabilidade mostrar isso de uma boa maneira, essa temporada.

Uma das coisas que as pessoas sempre dizem é que era assim que as pessoas eram na época, mas haviam pessoas que, não importa a era, sabiam distinguir o certo do errado.
Isso é algo que a gente sempre conversa. Nunca se pode interpreta um período de época. As pessoas são pessoas. As pessoas podiam não ter sido capazes de dizer como se sentiram, mas elas tinham os mesmos sentimentos desde o início dos tempos. Eu não acho que alguma mulher naquela época estava sentada lá, tipo, “Sim, eu concordo completamente que eu deveria ser uma cidadã de segunda classe”, ou “Essa é uma ótima escravidão para mim.” Não é assim que as pessoas eram, então os sentimentos ainda estão lá. Trata-se só do que você podia fazer com esses sentimentos. E é interessante nesses dramas de época poder explorar como você ainda se sente como ser humano e comover, dentro das restrições daquele período de época.

O que lar significa para a Claire?
Eu acho que, definitivamente, para a Claire, lar é a vida dela com o Jamie. Enquanto o Jamie estava sempre ligado à Escócia e esse era o lar dele, a Claire sempre esteve tentando descobrir o que isso significava para ela. A Claire sempre se sentiu solta. É só quando ela o conhece que ela realmente tem essa âncora. Então, a Brianna é o produto disso e, portanto, essas pessoas são o lar dela.

O que você espera que as pessoas levem dessa série, no final das contas?
Uma coisa que eu amo nela é que ela mostra que vale a pena lutar pelo amor. Eu acho que isso é algo que exploramos continuamente na série.

O que há em Outlander que tem um apelo global e reverbera tão rapidamente com os fãs?
Acho que é o talento incrível que temos. Nossa série também é tão visualmente linda. O talento do Gary, o departamento de figurino. Eles se superam a cada ano. Acho que quando você fala com qualquer um sobre essa série, também é sobre como ela é visualmente linda.

Fale sobre os cenários incríveis criados por Jon Gary Steele.
Acho que o que as pessoas não percebem é o quanto de trabalho é colocado nesses sets. As pessoas acham que nós apenas encontramos estes edifícios e eles já estão lá, mas o que o Gary cria a partir do zero… River Run foi o set mais incrível. Quando você olha para o interior escocês, poder imaginar que alguém pode transforma-lo para fazer com que se pareça a Carolina do Norte de uma maneira tão incrível. Para nós atores, você é completamente transportado. Ele torna o nosso trabalho tão fácil e é tão talentoso.

Você tem algum figurino preferido dos que você usou?
Na última temporada Terry [Dresbach] e Nina [Ayers] fizeram um trabalho tão incrível. Cada temporada conta uma história diferente. A nossa série vai de uma temporada para a outra e a última foi tão especial para todos nós contarmos a história de um imigrante vindo para a América e nossos figurinos refletiram isso.

O meu figurino preferido era esse visual de fronteira em que a Claire usava esse casaco masculino de segunda mão, ele contava a história de como era ir para essa área inabitada e ter que viver lá. Isso é o que um grande figurino faz, ele também conta a história.