Global News: Caitriona Balfe fala sobre a quarta temporada de ‘Outlander’ e gravar cenas controversas

  • 20 de novembro de 2018

Caitriona Balfe, que estrela como Claire Randall Fraser na série de sucesso internacional Outlanderconversou com a Global News sobre gravar cenas controversas para a série.

A quarta temporada de Outlander estreou em 4 de novembro e a série continua a história da Dr. Fraser (Caitriona Balfe), a viajante do tempo dos anos 1960, e seu marido Highlander do século XVIII, Jamie Fraser (Sam Heughan), enquanto eles tentam formar um lar para eles no duro e perigoso Novo Mundo da América colonial.

Enquanto isso, no século XX, a filha da Claire e do Jamie, Brianna Randall e o historiador Roger Wakefield procuram por provas de que os pais dela se encontraram no passado.

Esses sempre são difíceis, pois cruzamos essa linha de sermos fieis aos personagens da época e o que estava acontecendo, mas também, muitas vezes, essas histórias, a nossa versão de como a história é, vem de quem escreveu a história,” Balfe disse.

A Global News conversou com Caitriona Balfe sobre como a quarta temporada difere das temporadas passadas, assim como o lançamento do seu próximo filme no meio do ano que vem e muito mais.

Como foi se preparar para se tornar a sua personagem em Outlander? Como você se familiarizou com a época?
Na primeira temporada, a minha personagem começou na década de 1940, então havia muito com o que se familiarizar daquela época. Mas em termos dos anos 1700, a Claire é jogada de volta a essa época e ela na verdade não sabe muito sobre isso mesmo, então eu tive muita sorte de não ter que me aprofundar muito na história em comparação com alguns dos rapazes. Mas nesta temporada, a Claire tem muito conhecimento sobre o que está acontecendo na América e neste período colonial, então eu tive que ler um pouco, com certeza.

O que você achou da Claire quando teve essa oportunidade?
Quando esse projeto me foi apresentado pela primeira vez, eu sabia muito pouco sobre o que ele seria. Mas, claro, quando eu passei da primeira fase e percebi que faria um teste para a personagem, eu saí e comprei o primeiro livro. Eu o li por três dias.

Ah, nossa, foi muita leitura. (risos)
(Risos) Ah sim, eu não fiz nada mais além de ler. Mas eu fiquei tão impressionada com a resiliência, coragem e força da Claire. Também fiquei impressionada com a incrível aventura que o livro contava e não conseguia imaginar como gravaríamos isso. Mas eu sabia que, se tivesse essa oportunidade, seria uma jornada louca e agitada.

Como a quarta temporada difere das passadas?
Cada temporada, acho, de Outlander é muito diferente. Do ponto de vista da personagem, na primeira e na segunda temporadas, acho que a Claire era uma personagem que reagia muito a esses eventos e forças externas que causavam estragos na vida dela. Na terceira, acho que focamos muito nela como uma mulher de carreira, como uma mãe e como alguém tentando recuperar o amor da sua vida. Esta temporada é muito diferente, pois, pela primeira vez, a Claire pode criar em vez de reagir. Ela está focando em encontrar e construir um lar para ela e para o marido dela. É um lado muito mais carinhoso da Claire do que já vimos antes. E acho que, em muitos aspectos, esse é o mais completo que ela já se sentiu. Nas temporadas anteriores, ela sempre teve que desistir de um lado dela e se comprometeu, de alguma maneira. Nesta temporada, é como se tudo se reunisse de maneira coesa. Mas tipo, é Outlander, então coisas ruins ainda acontecem.

Você acha difícil gravar certas cenas que lidam com questões controversas?
Claro, essas cenas sempre são difíceis, especialmente as com violência sexual. Nesta temporada, lidamos com questões de escravidão, com questões de direito de terrar e o tratamento dos nativos americanos. Estes [assuntos] são sempre difíceis, pois cruzamos essa linha de sermos fieis aos personagens da época e ao que estava acontecendo, mas também, muitas vezes, essas histórias, a nossa versão de como a história é, vem de quem a escreveu. Então, temos que tomar cuidado para não cair na armadilha de contá-la como sempre nos foi dita. Mas, ao mesmo tempo, esta série é contada pelo olhar desses dois personagens principais que são colonos brancos. Não importa o que você faça, sempre correrá o risco de contar a história através da perspectiva deles, pois é isso o que a série faz. É uma linha difícil de cruzar e acho que há muito cuidado e esforço dos produtores e roteiristas para tentar fazê-la de maneira respeitosa.

Você tem alguma lembrança específica sobre um dos seus melhores momentos enquanto gravava a série, durante a última temporada?
Há uma cena em particular que gravamos lá pelo final da temporada em que estávamos filmando na nossa réplica de uma vila Mohawk. Havia o Sam [Heughan], eu e o John Bell e estávamos andando de caiaque pelo lago às 22:30, bem quando o sol estava se pondo. Estávamos com a Carmen Moore, uma atriz canadense e outros atores canadenses/da primeira nação que tínhamos [no set]. Foi apenas um momento tão lindo em que o lago ainda estava como vidro e havia um céu incrível, todos se beliscavam, porque não podíamos acreditar na incrível experiência que era aquela.

Como a série de livros existe há mais de 25 anos e o grupo de fãs é enorme, você tem algum momento de interação com os fãs da série que se destaca?
É sempre tão legal quando os fãs vêm até mim. Eles vêm e te contam coisas muito legais sobre a série e isso é sempre legal. Acho que uma das interações mais estranhas foi quando eu estava na Islândia, há alguns anos. Essas duas queridas senhoras mais velhas do Queens, em Nova York, vieram até mim enquanto eu estava me trocando no vestiário da Lagoa Azul. Elas queriam falar sobre Outlander e eu estava meio que ali de pé, seminua, dizendo: “Isso é lindo, mas posso colocar as minhas roupas antes da gente continuar?” (risos) É sempre tão legal ouvir quando as pessoas se conectam à série.

Além de Outlander, você tem um filme chegando aos cinemas com Christian Bale e Matt Damon.
Ele será lançado em junho e acabamos de gravá-lo há uma semana e meia. Ele é muito legal. É sobre a rivalidade entre a Ford e a Ferrari na década de 1960 e a corrida da Le Mans. Eu interpreto uma personagem chamada Mollie Miles e Christian Bale interpreta Ken Miles, que é um incrível piloto de corridas que ganhou com eficácia a Le Mans em 1966. É uma história muito divertida e bonita, não é só sobre corrida de carros, mas também é sobre amizade, família e estou muito animada para que as pessoas assistam.

Esta entrevista foi editada e condensada.