THR: Caitriona Balfe fala sobre o lado desagradável de ‘Do No Harm’

  • 20 de novembro de 2018

Há duas semanas, Claire Fraser (Caitriona Balfe) teve que lidar com a escravidão na América colonial, enquanto visitava a tia de Jamie Fraser (Sam Heughan), Jocasta Cameron (Maria Doyle-Kennedy), em River Run, no segundo episódio da quarta temporada de Outlander.

Em um incidente entre um supervisor e um escravo, Claire, vinda de uma época diferente em que os direitos civis estão em alta, não conseguiu ficar alheia à injustiça e violência cometida contra Rufus por ter atacado um homem branco. Ela tenta salvar o escravo, mas acaba piorando a situação, o que leva à inevitável morte do rapaz. Assim, a enfermeira viajante no tempo acaba aprendendo o significado do ditado, “Nenhuma boa ação fica sem punição.”

Sobre o episódio, Caitirona Balfe falou recentemente ao The Hollywood Reporter como foi gravá-lo e as preocupações da equipe da série em contar a história de maneira justa.

É uma parte tão grande do livro e não poderíamos fazer esta temporada sem explorar isso. E, infelizmente, isso ainda tem efeitos relevantes nos dias de hoje, o que é muito ruim.

Neste episódio, é a primeira vez – ou talvez não a primeira vez, mas a primeira vez em muito tempo – que você vê a Claire agindo verdadeiramente a partir da emoção. Vimos uma Claire muito mais madura e racional durante as últimas duas temporadas e, quando ela está diante dessa visão da escravidão em primeira mão, isso a afeta em seu âmago.

O que acontece com o Rufus é tão horrível para ela, que ela não pensa necessariamente nas consequências das ações dela. Ela vai em frente e tenta fazer a coisa certa, mas, com isso, ela causou uma perturbação maior e aumentou a situação mais do que pretendia.

Nunca é fácil gravar essas cenas e nunca é fácil confrontar essas questões em uma série como a nossa. Mas é importante que olhemos para o que a América era naquela época e enfrentemos algumas das realidades da época.

É melhor contar essas histórias quando você deixa cada personagem contar a sua própria história. Era importante deixar Rufus poder contar a história dele o máximo possível e não apenas dizer, ‘Ah, coitadinha da Claire, ela está vendo isso e é tão horrível para ela.’ É uma coisa difícil [de balancear] às vezes, pois estamos contando esta história através dos olhos da Claire e do Jamie. Mas, tanto quanto pudemos, tentamos deixar o Rufus e os outros personagens serem os mestres de seus próprios destinos.