Os melhores momentos de Caitríona Balfe no podast Grilled
- 13 de abril de 2023
O episódio do podcast Grilled Live by the Staff Canteen com a participação de Caitríona Balfe já está disponível nas plataformas de áudio. O episódio que foi gravado em 08 de março em Glasgow pode ser ouvido no Spotify, Apple Podcasts e Amazon Music.
Além de Caitríona Balfe, Cara Houchen, editora da The Staff Canteen, recebeu Peter McKenna, chef do restaurante The Gannet (onde foi gravado o podast), Hardeep Singh Kohli, comediante, apresentador e antigo participante do Celebrity MasterChef e o chef celebridade Nick Nairn.
Ouça o podcast acima e saiba mais sobre os melhores momentos da participação de Caitríona Balfe a seguir.
Já no início do podcast, Cara Houchen informou os convidados que o chef com estrela Michelin Adam Handling não conseguiu chegar para a gravação, pois seu voo foi cancelado. Ela também disse que Caitríona Balfe quase não conseguiu chegar.
Uma curiosidade trazida para o conhecimento de todos, durante a apresentação de Caitríona Balfe, foi que ela e Peter McKenna, chef do restaurante The Gannet, estudaram juntos na escola a partir dos 12 ou 13 anos. Eles participaram da primeira turma do “ano de transição” da escola deles (um ano entre o que seria o ensino fundamental e o ensino médio brasileiro). Caitríona Balfe explicou, “Eles nos deram uma escolha, acho que apenas 13 ou 14 de nós decidimos fazê-lo. Então, por um ano, havia 14 de nós e ninguém sabia o que fazer com a gente. (…) Eles nos colocavam nessas situações estranhas…“.
Peter McKenna abriu seu restaurante em Glasgow na mesma época em que Caitríona Balfe chegou à cidade para começar a gravar Outlander. “Na verdade, eu estava aqui na inauguração. Ouvi dizer que havia comida e bebida de graça. E estou aqui novamente, porque ouvi dizer que havia comida e bebida de graça.”
Para começar, Cara Houchen fez um jogo de girar uma roleta e fazer perguntas relacionadas a um determinado assunto. Cada convidado receberia duas perguntas. A primeira pergunta direcionada à Caitríona Balfe foi se ela já havia trapaceado em qualquer situação possível e imaginável. Ela disse que sim, “Sim. Eu e minha amiga costumávamos escrever as respostas das provas da escola embaixo da saia. Daí a gente só se sentava lá, levanta a saia e as respostas estavam lá.”
A pergunta seguinte foi sobre algo que ela nunca fez e nunca fará. A atriz respondeu que é abrir um restaurante, “Tenho muito respeito pelas pessoas que abrem, pois eu sei que é um trabalho duro danado. Acho que é por isso que eu admiro tanto quem faz isso, quem faz direito e tem sucesso, pois é muito, muito difícil. E fazer isso bem é um feito incrível e é necessário uma pessoa muito especial.”
Durante a pergunta sobre a primeira parte que Nick Nairn lava quando toma banho, Caitríona Balfe disse que às vezes faz esfoliação antes de tomar banho. Um dos convidados brincou que ela tem muito tempo de sobra pro que ela respondeu, “Demora tipo, o total de 2 minutos.”
A próxima pergunta para Peter McKenna foi sobre o que ele geralmente pensa quando se senta no vaso sanitário. Ele disse que pensa que é um alívio ter um espaço para ele mesmo. Caitríona Balfe compartilha do mesmo pensamento, “Meu Deus, não sei, mas no momento eu estou como o Peter. Tenho um filho pequeno e estou [sempre] ocupada. Então… Mas se estou no trabalho, o que eu penso, muitas das vezes, é se consegui subir todas as minhas saias sem deixar cocô de cavalo em mim. Ou xixi de cavalo. Porque é com isso que a minha saia fica encharcada enquanto ando pelos campos. Então, é… Vou deixar vocês com isso.”
Finalmente uma pergunta da roleta diretamente para Caitríona Balfe: quem é a quinta pessoa da lista de Ligações Perdidas dela. “Deus, não sei. 1, 2, 3, 4, 5… Oh, isso é muito triste. É o meu agente.” Cara Houchen perguntou se ela perdeu a ligação de proposito, “Não, eu não sei o que estava fazendo. Nunca respondo o meu telefone de primeira. É que sempre deixo o meu celular no silencioso por algum motivo, pois quando você grava, tem que ser assim e daí nunca lembro de tirar.”
Na rodada de perguntas do público, foi perguntado para a atriz e ex-modelo se ao viajar pelo mundo, ela experimentou algo que a fez sentir de volta em casa, na Irlanda. “A minha mãe faz um pão integral incrível e isso sempre me faz pensar no lar. Quando vou para casa, eu peço para ela me fazer [ele]. Não sei, acho que ao invés de comer as coisas que te fazem lembrar de casa, é mais tipo, elas te levam a novos lugares. Você tem uma experiência muito diferente de casa. Isso é o que eu realmente amei em viajar: cada país que eu fui, experimentei sua culinária, sai da minha zona de conforto e comi coisas que eu normalmente não comeria. Amei isso. Amei simplesmente poder experimentar comidas diferentes em todos os lugares. Algumas incríveis e outras estranhas. Mas isso meio que expande seus horizontes e abre os seus sentidos de uma maneira que Monaghan não necessariamente faria.”
Caitríona Balfe compartilhou a história de quando ela foi chamada de cunt pela primeira vez em Glasgow. Na Escócia, essa é uma gíria para a palavra “pessoa”, enquanto em outros países de língua inglesa é algo de baixo calão e xingamento. “Me lembro da primeira vez que me chamaram disso… E ele não estava totalmente errado. Eu tinha acabado de ir à loja da Apple, então tinha uma sacola da loja comigo. Eu estava andando pela rua e esse casal obviamente tinha furtado algo de uma loja e estava correndo. Ela estava correndo de chinelos e ele com alguma outra coisa e o segurança estava tentando persegui-los. Foi muito engraçado e eu estava rindo comigo mesma, enquanto andava, tipo ‘Isso é hilário.’ e esse cara passou por mim e disse, ‘Do que você está rindo, sua beep de classe média?’ fiquei tipo, ‘Tá bom, tá certo.’ foi muito engraçado, eu ri mais. Fiquei tipo, ‘Bem vinda a Glasgow. Isso é ótimo!'”
Cara Houchen perguntou se todos da mesa acabaram nas profissões que gostariam de ter quando mais novos e Caitríona Balfe respondeu, “Sim, eu era uma mimadinha chata, sempre quis ser atriz. Mas demorou um pouco para chegar lá. Tipo, eu só comecei a atuar… Acho que só consegui o meu primeiro emprego quando tinha 30 anos. Portanto, é… Eu com certeza fiz um desvio primeiro, mas acho que, de muitas maneiras, isso foi uma coisa boa.” Peter McKenna aproveitou para elogiar a amiga, dizendo que desde cedo ela era o tipo de pessoa que ao olhar, sabia que faria algo ótimo. “Ela tinha esse tipo de característica, as pessoas a seguiam. Ver onde ela chegou agora, isso não é nenhuma surpresa para mim.”
“Nabos, de quando eu era criança.” essa foi a resposta de Caitríona Balfe sobre o seu inferno gastronômico, ou pelo menos era o que ela achava. Quando perguntada se comia nabo (turnip) ou rutabaga (swede), ela descobriu que, na verdade, o que ela não gostava era rutabaga (chamado de nabo na Irlanda). “Então eu odeio rutabaga esse tempo todo?” A atriz continuou dizendo que quando chegou na Escócia e viu o prato típico de “neeps and tatties” (purê de batatas e nabo), ela torceu o nariz. “É que… a minha pobre mãe tinha muitos filhos. Ela não tinha o tempo que precisava para dar muita atenção [a comida], então havia muita fervura. As coisas eram colocadas em uma panela e no fogo quente, daí ela fazia mais um milhão de coisas. Quando ficava pronto… não tinha o melhor gosto. Ela é a confeiteira mais maravilhosa, mas alguns dos vegetais morreram no meio do caminho. E eu era obrigada a comer, acho que era isso. Eu era forçada a limpar o prato. Era tipo, colocar uma colher cheia goela abaixo e dar um grande gole de leite, o que também é nojento, se você pensar nisso.”
Caitríona Balfe disse que faz muito tempo desde a última vez que saiu para tomar uns drinks, mas quando ela tem a chance de sair ela precisa combinar algumas coisas. Ela gosta de ir ao Centro de Arte Contemporânea de Glasgow (CCA) ver uma exposição e adora se sentar no átrio do lugar, “Eles têm um ótimo café lá que faz pratos lindos com vegetais, são todos veganos, é muito lindo. Esse é um dos meus lugares. Estou muito triste, pois eu não tenho vida. Sinto que nos últimos dois ou três anos eu não sai muito. Então vou simplesmente… superar isso.”
A anfitriã do podcast diz que Caitríona Balfe comentou que quando tem um tempo livre, gosta de cozinhar. Cara Houchen gostaria de saber qual o prato exclusivo dela, qual prato a atriz cozinharia se eles fossem jantar na casa dela. “Não sei se tenho um prato exclusivo, mas deveria. Eu gosto de ler muitas receitas. (…) Gosto de combinar e criar na minha cabeça. Portanto, gosto de experimentar muito. Às vezes dá certo, às vezes não.” Ela também disse que gosta de experimentar coisas diferentes, “Às vezes funciona, às vzes não. Se… Se eu fiz algo muito ruim, foi frango assado. Não sei, não sou de seguir receitas,” e completou dizendo que quando cozinha para convidados, depende muito da época do ano, de quem é e do que elas gostam.
Em uma nova rodada de perguntas do público, os convidados falaram sobre as mulheres que os inspiraram e influenciaram, já que o programa foi gravado no Dia Internacional das Mulheres. Caitríona Balfe falou sobre sua mãe, “Veja, eu venho de… a minha mãe é incrivelmente inspiradora. Você não percebe o quanto nossas mães fizeram por nós até sermos um pouco mais velhos e o quanto elas… E eu peço desculpas agora, mãe, por dizer que sua comida não era boa, mas era incrível. Tipo, mas a minha mãe… Quando penso em como ela teve 5 filhos quando tinha 30 anos e fez tudo aquilo, foi incrível. Então, é…”
Ela também falou sobre coisas estranhas (mas engraçadas) que fãs já fizeram: a atriz foi pra Islândia com o marido alguns anos atrás, passeou na Lagoa Azul e quando estava no vestiário, “eu estava sem nada, talvez tivesse enrolada numa toalha“, e duas fãs “que também não estavam vestindo nada” abordaram ela para falar sobre Outlander. Ela nunca esquece disso.
Caitríona Balfe disse que o gin Forget Me Not está em processo de retornar a produção para uma segunda leva de bebidas e contou como surgiu a ideia da bebida, “No início, eu, meu marido e um amigo dele que é do ramo de hospitalidade e bebida estávamos conversando sobre as artes e como ela é subfinanciada aqui, fora, em todo lugar para onde viajo. Os governos estão cortando o apoio para as artes em todos os lugares. E a gente meio que falou ‘e se fizéssemos algo em que pudéssemos usar uma percentagem do lucro para contribuir [com ela]. Todo o sistema de crença da marca seria sobre os artistas ajudarem… Sabe, a gente financiaria eles e em troca poderíamos usar e promover sua arte.”
A Forget Me No fez uma primeira leva de gin de 2000 garrafas que foram vendidas em 1 dia. No meio tempo, entregar para o Reino Unido, com sua saída da União Europeia, e nos EUA estava sendo muito complicado. Em seguida, a atriz ficou grávida “e não dava para vender bebida alcóolica assim“.
A atriz diz que escolheu o gin, pois é uma bebida é feita em pouco tempo e é possível brincar com os sabores, “Eu gostaria de fazer sabores interessantes. A ideia é fazer edições especiais e coisas assim. Tipo, fazer coisas que são mais únicas, ter artistas convidados ou pessoas para colocar suas marcas nela e trabalha em conjunto com elas. Estamos trabalhando com a SWG3, vamos financiar espaços para arte. Fizemos isso com a nossa primeira leva e faremos isso continuamente. Espero fazer projetos em diversos países, também.” Caitríona Balfe disse que fazer o Forget Me Not é uma forma de escape criativo para ela.
A pergunta final foi sobre ter sucesso x trabalho duro, ambição e determinação. “Quando consegui Outlander, nunca havia feito nada na TV antes e fui jogada como a principal da série. Mas acho que as similaridades são que quando você está numa série ou quando tem um restaurante, você meio que vive nesse mundo e nada mais existe. Gravamos por 14h, 15h, 16h, 17h por dia, como as pessoas no restaurante fazem. E você não… Você vive nessa bolha e o mundo real não existe fora disso, acho. De acordo com a duração, temos mais folgas do que vocês.”
Ela comparou as gravações de sua série com um restaurante, mas concluiu que o trabalho dela é um pouco mais fácil, já que um restaurante nunca fecha.
“Quando comecei Outlander, fazíamos 11 dias e 14 noites. Então, gravávamos por 6 dias na semana, descansávamos 1, gravávamos mais 5 e tínhamos 2 de folga. Você trabalha 16h por dia. Depois de um ano disso, eu estava à beira de um colapso. E tive muita sorte, pois desde que tive meu filho, consegui negociar uma semana de 4 dias. E isso mudou tudo. Não sei como qualquer nova mãe consegue estar em uma dessas duas indústrias de forma tradicional e ter um filho. Tipo, é Dia Internacional das Mulheres afinal de contas. Vamos falar sobre os desafios de ser uma mulher que quer ter um filho e que está em alguma dessas indústrias. É quase impossível! Você precisa descer alguns degraus em termos de para onde a sua carreira está indo, se quiser ter um filho.“