Conheça a opinião da estrela de Outlander sobre ramen, zumbis e o coque masculino.

 

Conheça Caitriona Balfe, a interprete de Claire Randall em Outlander.

Os fãs de Outlander conhecerão Caitriona Balfe como a interprete de Claire Randall, uma mulher do século XX que acidentalmente viaja no tempo para a Escócia do século XVIII. Claire é corajosa, inteligente e sabe como beber um copo de vinho ferozmente quando precisa.

Mas como é a vida real de Caitriona? Decidimos perguntar a opinião dela sobre 23 coisas aleatórias para descobrir…

1. Gatos

Eddie. A minha pequena Eddie.

2. Netflix

A melhor! A melhor coisa de um sábado quando você está de ressaca,” ela disse. “Um grande saco de batatinhas. Netflix no meu computador. É o paraíso.

3. Tinder

Ridículo,” Balfe disse. “Por quê? Não. Sério?

4. Karaokê

Só para quando você estiver muito, muito bêbado,” ela disse. “E Blondie é sempre uma boa.

5. Vinho em caixa

Só às 4 da manhã, quando todo o resto da casa já foi bebido,” ela disse.

6. O Emoji do cocô

Usado demais.

7. Academia

Só às 4 da manhã,” ela brincou. “Não. É um mal necessário. Mas por que usar maquiagem na academia? Honestamente, isso precisa acabar.

8. Selfies

Também precisa acabar,” ela disse. “Olhe para onde você está. Não tire uma foto de onde você está. Aprecie onde você está.

9. Ramen

Ugh, delicioso,” ela disse. “Estou andando pelos lugares de ramen, em Nova York.

10. Scrabble

Muito legal,” ela disse. “Infelizmente, Sam Heughan é melhor nisso do que eu. Mas esse é o meu jogo da hora do almoço, quando estamos no set.

11. Banquete

Muito bom! Vou dar um esta noite!

12. Zumbis

Mortos-vivos. O que mais há para se dizer deles?” ela disse. “Eles não estão mortos. Isso é estranho. Eles são como baratas… Que nunca morrem?

13. Prince

Incrível. Eu tive um dos momentos mais tristes da minha vida, eu poderia ter conseguido ingressos de bastidores para vê-lo, mas eu não recebi a mensagem no meu celular. Eu chorei.

14. Maryl Streep

Incrível. Não há mais o que se dizer. Ela não faz nada errado,” ela disse. “Mas talvez ela poderia dar uns papeis para outras pessoas. É demais.

15. Coque masculino

Eu conheço uma pessoa que usa isso, mas nem sempre é uma boa ideia,” ela disse. “Viu? Eu nem estou falando. Eu não disse isso.

16. Geek

É o novo sexy.

17. Sereias

“Não são reais. Sinto muito. Elas não existem.”

18. Tatuagens

Elas parecem uma boa ideia no momento,” ela disse. “Tenho inveja das pessoas que têm. Eu sou muito franguinha para fazer uma.

19. Star Wars

Muito ansiosa para ver o novo,” ela disse. “Algo que eu não entendo muito bem. Coques laterais.

20. Kilts

A saia masculina,” ela explicou. “Ela acompanha uma murse, que seria uma bolsa masculina. Conheço algumas pessoas que têm ambos e usam ambos.

21. Irlanda

Lar,” ela sorriu. “E uma coisa que eu direi sobre a Irlanda, a gente não come repolho cozido e o que é aquela coisa que todos comem aqui no Dia de São Patrício? Carne enlatada? A gente não tem isso. Isso acabou em 1743. É passado. A gente não faz isso, então não coma isso no Dia de São Patrício.

22. Escócia

Segunda no mundo, depois da Irlanda, sério,” ela disse. “É como o primo pobre, mas é um primo pobre legal. Um primo pobre que você gosta de passar um tempo, mas não de comer a comida dele, porque ela é estranha. Eles fritam tudo, barras de chocolates Mars, pizzas, sério.

23. Jamie Fraser (também conhecido como seu colega de elenco de Outlander, interpretado por Sam Heughan)

Uma caixinha de surpresas,” ela disse. “O que mais há para se dizer? Ele é fofo, ele é bonito, ele é o homem entre os homens.

€240.000 de salário perdido na Itália e um ano a ser pago em LA

 

Caitriona BalfeTrabalhando como modelo, houve inúmeras ocasiões em que tive dificuldade em receber o dinheiro que me deviam.

Enquanto trabalhava com a agência italiana Paolo Tomei, em 2002 e 2003, talvez eu tive a temporada de maior sucesso da minha carreira. Eu estava andando na passarela de muitas das principais casas de moda italiana, com uma média de 26 desfiles por temporada. Foi nesse período que acumulei ganhos de mais de € 240.000.

Eu ainda não havida recebido nenhum pagamento, quando soube que a agência havia declarado falência e que os financiadores por trás dela haviam supostamente desviado o dinheiros de suas modelos para contas bancárias privadas em Luxemburgo e na Suíça. Pouco depois da falência, o dono da agência, Paolo Tomei, se mudou para outra. Ele continuou a trabalhar na indústria por anos.

“Fui informada de que qualquer ação judicial seria extremamente improvável de chegar ao tribunal.”

Eu consultei um advogado e tentei recuperar meu dinheiro, mas meus esforços foram prejudicados pela minha classificação de modelo sob a lei italiana. Como nos EUA, os modelos na Itália são autônomos e, tecnicamente, contratam a agência para trabalhar em nome deles. Mas, aparentemente, para provar o que me era devido, eu teria que ligar para todos os clientes para quem eu trabalhei – Miuccia Prada, Domenico Dolce, Stefano Gabbana, Angela Missoni, e assim por diante – para testemunhar no tribunal que eles tinham me contratado pelo meu tempo. Fui aconselhada tanto pelo meu advogado quanto pelo agente de que isso não seria do meu interesse, se quisesse continuar a trabalhar como modelo e que, independentemente disso, qualquer ação judicial era extremamente improvável de chegar ao tribunal. Não fui a única modelo a perder dinheiro com o fechamento desta agência e não sofri a maior perda. Algumas garotas perderam mais de € 400.000. Até onde sei, nenhum dinheiro foi recuperado.

Anos depois, trabalhando como modelo nos EUA, eu me encontraria em uma situação semelhante. Eu me mudei para a Califórnia em 2009 e trabalhei regularmente para a empresa de roupas BCBG. Eu fotografava para o catálogo deles e trabalhava várias vezes por mês para eles. Os trabalhos eram sempre agendados através da minha agência em Nova York. Foi uma época, como todos sabemos, em que a economia estava severamente em depressão e eu estava feliz por ter um trabalho estável, especialmente em uma nova cidade. Eu tinha trabalhado para a marca muitas vezes antes e tinha muito respeito e admiração pelos proprietários. Mas, depois de vários meses sendo paga prontamente pelo meu trabalho, as coisas começaram a mudar. Os cheques da BCBG demoraram mais e mais para chegar. Vários meses se passaram e, então, eu não estava sendo paga.

Eu perguntei repetidamente à minha agência sobre o atraso preocupante. Eventualmente, a minha agência me disse que a BCBG estava com dificuldades financeiras, mas que a empresa havia assegurado secretamente à eles que eu e os outros modelos com pagamentos pendentes seriam pagos. Eles só não podiam dizer quando. Apesar dos meses sem pagamento e do risco da perda, a agência ainda estava agendando comigo e com outros modelos para trabalhar para a BCBG. À medida que mais e mais tempo passava sem pagamento, eu fiz algo que os modelos são instruídos a nunca fazer: recusei-me a trabalhar para eles até receber todo o dinheiro que eles me deviam.

Aquela quantia, muitos milhares de dólares, dificilmente chegaria. Depois de vários questionamentos e mais da metade de um ano passado desde que a BCBG deixou de pagar a mim e a outros modelos pelo nosso trabalho, eu finalmente recebi um e-mail do departamento de contabilidade da minha agência me notificando de que o cliente começaria a fazer pagamentos parciais da quantia devida. “Nós já te pagamos primeiro, em vez de dividir a quantia entre os outros modelos“, repreendeu o contador. “Devemos compartilhar parte do dinheiro com os outros.

Depois que eu finalmente recuperei toda a quantias devida, fiquei com a sensação de que minha agência tinha cuidado dos interesses do cliente muito mais do que daqueles de “nós, meninas” quem eles deveriam representar.

Este post é parte de uma série que destaca as dificuldades que os freelancers da indústria da moda, incluindo os modelos, podem ter com o pagamento pelo seu trabalho. A Model Alliance apóia a Lei de Proteção ao Pagamento do Freelancer (FPPA), que ajudaria a proteger freelancers de clientes indolentes e a roubo de salário. Para mais informações sobre esta série, o FPPA e como se envolver, leia a introdução da fundadora da Model Alliance, Sara Ziff.

Em seu painel na CinemaCon, hoje, em Las Vegas, a Disney (que recentemente adquiriu a 20th Century Fox) apresentou os seus futuros lançamentos cinematográficos do ano. Entre eles, estava Ford v Ferrari, um dos próximos projetos de Caitriona Balfe (que, anteriormente a fusão, pertencia à 20th Century Fox).

Apesar de Caitriona Balfe não aparecer no trailer do filme, as primeiras impressões foram excelentes. Ao final de sua exibição, a plateia aplaudiu o que viu e muitos disseram que o longa pode ser um ótimo material para a temporada de premiações no próximo ano.

Descrição do trailer

O vídeo começa com uma cena do motorista Ken Miles (Christian Bale) no pôr do sol, em um local que parece uma pista de corrida, tentando fazer seu filho imaginar a corrida perfeita, “Olhe ali, ali está a luz perfeita.” Em seguida, sabemos que Carroll Shelby (Matt Damon) foi recrutado por Ford para construir um carro “perfeito” que pode vencer a Ferrari na corrida Le Mans World Championship. “Não se trata de velocidade, se trata de sobreviver.” Shelby diz, “Você precisa de um carro que é melhor do que qualquer coisa que Enzo Ferrari invente.” É aí que Miles entra em cena. Juntos, eles construirão um novo carro de corrida em 90 dias.

Você acha que esses caras o deixarão construir o carro que você quer, como você quer?” Miles pergunta. Então, são mostradas várias cenas de pessoas em camisetas polos e óculos de sol, imagens de carros sendo construídos e dirigidos rapidamente, deixando o telespectador com uma sensação de velocidade, ao som de Gimme Shelter, dos Rolling Stones. Vemos eles construindo o carro mais rápido de todos… Mas ele não consegue virar ou ficar no solo. Imagens de uma grande corrida. Explosões.

Você acha que podemos vencer a Ferrari?

Podemos tentar.

O trailer termina com Henry Ford II (Tracy Letts) fazendo um test drive, mas ele está com tanto medo que começa a chorar, quando eles param o carro.

Junto com o trailer, a sinopse oficial foi divulgada.

Baseado um uma história real, o filme mostra uma equipe excêntrica e  determinada de engenheiros e designers americanos, liderada pelo visionário automotivo Carroll Shelby e o seu piloto inglês, Ken Miles, que são contratados por Henry Ford II com a missão de construir do zero um novo automóvel com o potencial de finalmente derrotar a dominante Ferrari, na Le Mans World Championship de 1966.

Dirigido por James Mangold, Ford v Ferrari estreará em 15 de novembro de 2019, nos Estados Unidos, muito próximo à temporada de premiações. Ainda não há data de estreia confirmada para o Brasil.

É comum os trailers exibidos na CinemaCon serem divulgados para o público alguns dias depois de sua exibição.

Aproveite para ver imagens de Caitriona Balfe nos bastidores do filme.

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Na semana passada (08), Caitirona Balfe compareceu à festa de abertura da peça Fleabag, no Bistrot Leo bar & restaurant, na cidade de Nova York.

A atriz estava acompanha de sua amiga de longa data, a também ex-modelo Sara Ziff. Ambas prestigiaram a atriz, escritora e diretora Phoebe Waller-Bridge na noite de abertura de sua peça que inspirou a série de sucesso do mesmo nome da BBC.

Confira as fotos.

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Caitriona Balfe é esperada de volta à Escócia ainda este mês para iniciar as gravações da quinta temporada de Outlander.

Na noite de ontem (24), Caitriona Balfe compareceu à festa do Oscars da revista Vanity Fair que aconteceu em Beverly Hills, na Califórnia.

A atriz brilhou, literalmente, em um vestido brilhante da marca Dundas com recortes em formato de coração por toda a altura da cintura e um belíssimo decote nas costas. Para acompanhar, uma clutch Judith Leiber e brincos da designer de joias brasileira Ana Khouri.

Apesar de nenhum fotógrafo pronunciar seu nome corretamente (quase todos gritavam “Katherina”), Caitriona Balfe manteve a classe e o sorriso no rostp ao posar para fotos.

Em entrevista para a Variety, a atriz contou que ficou muito feliz com a vitória de Olivia Colman, que ganhou o prêmio da noite de Melhor Atriz, e que está ansiosa para ver Tobias Menzies em The Crown, ao lado de Glenn Close.

Confira todas as fotos em nossa galeria.

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Na noite anterior (sábado, 23), a atriz compareceu à festa pré-Oscar da Armani.

Inicio » Eventos e Aparições Públicas | Events & Public Appearances » 2019 » 02.23 | Festa pré-Oscar da Armani em homenagem à atriz Glenn Close

No início do ano, Caitriona Balfe informou que o filme estrelado por (ela,) Christian Bale e Matt Damon que conta a história da rivalidade entre a Ford e a Ferrari estrearia em junho deste ano.

Esta semana, a 20th Century Fox informou que a data de lançamento do filme do diretor James Mangold foi adiado para 15 de novembro de 2019, muito próximo à temporada de premiações. A data estava ocupada inicialmente pelo próximo filme da série Kingsman. O filme The Good Liar, de Ian McKellen e Helen Mirren, também estreará nesta data.

Ford v Ferrari baseado na história verídica da rivalidade entre a Ford e a Ferrari, durante o campeonato Le Mans de 1966. A história mostra a equipe de engenheiros e designers americanos comandados pelo visionário Carroll Shelby (interpretado por Matt Damon) e o seu piloto inglês, Ken Miles (interpretado por Christian Bale). Os dois recebem a missão de Henry Ford II de construir um novo automóvel do zero que seja capaz de vencer a Ferrari na Le Mans. Caitirona Balfe interpreta Mollie Miles, a esposa de Ken Miles.

Veja algumas fotos de Caitriona Balfe durante as gravações do filme.

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Com informações do Deadline

De sua infância na zona rural de Monaghan, a estrela do drama de viagem no tempo Outlander silenciosamente estabeleceu uma carreira como supermodelo e, agora, como uma das mais-mais da TV, com quatro indicações ao Globo de Ouro

Há algo que eu aprendi há muitos anos e parece muito bobo, mas sempre ficou comigo.

Caitriona Balfe está se recordando de uma lição de vida, com um chá de hortelã e um folheado de chocolate em um bistrô em Los Feliz, próximo de Hollywood, em Los Angeles. Essa coisa que ela aprendeu veio de uma fonte improvável: uma aula de atuação de 5 dólares que ela se matriculou anos atrás. (“Essas são as coisas estranhas que eu fiz, quando eu queria ser uma atriz em LA, quando cheguei aqui.“) Ela se lembra do cara que estava dando a aula, “falando sobre libertar e destruir a necessidade ‘do que’ quer que seja. Se você vai fazer um teste e está nervoso porque quer que as pessoas gostem do que você está prestes a fazer: liberte e destrua a necessidade de ser amado.

Balfe aprendeu a se permitir deixar para lá essas coisas que nos amarram, superar os sentimentos. “É algo tão simples e tão bobo, mas funciona para uma infinidade de razões. O que quer que seja… apenas deixe para trás, deixe isso de lado.” Ela para. “Muito do que te deixa louco é apenas os seus próprios pensamentos, certo? Então, se você puder parar esse espiral em um momento…” A pausa se interrompe e ela mesma se corta. “Isso soa tão patético e tão de LA.

Balfe é uma estrela. Interpretar a protagonista em Outlander deu a ela um nível de fama e sucesso que a Irlanda não consentiu tanto quanto os Estados Unidos, dado que a série não foi exibida em horário nobre aqui.

Balfe foi indicada para quatro Globo de Ouro consecutivos, ela perdeu apenas para Taraji P Henson, Claire Foy, Elisabeth Moss e Sandra Oh, consolidando o seu status de uma das principais atrizes da televisão norte-americana.

Outlander, uma história de drama de viagem no tempo centrada em uma enfermeira da Segunda Guerra Mundial, Claire Randall, interpretada por Caitriona Balfe, que vai e volta entre a Escócia do século XXVIII e a América de meados do século XX, poderia ter sido apenas mais uma ficção histórica decente, mas a qualidade do material original (a série de livros de Diana Gabaldon), a qualidade do elenco, o roteiro e a direção e o nível intenso dos fãs da série, a tornam algo sério.

Também foi, basicamente, o primeiro grande trabalho de Balfe, e um bastante abrangente. A produção dura quase um ano e agora está entrando na quinta temporada, com uma sexta já garantida. A produção filma principalmente na Escócia, embora também tenha viajado para Praga e África do Sul. Fora de Outlander, Balfe esteve excelente em Jogo do Dinheiro (Money Monster), de Jodie Foster, ao lado de George Clooney e Julia Roberts em 2016 e ainda este ano, será vista em Ford v Ferrari, de James Mangold, um drama biográfico sobre a corrida entre as montadoras de carro para ganhar a Le Mans de 1966. Balfe interpretará Mollie Miles, a esposa do piloto de corridas e engenheiro Ken Miles, interpretado por Christian Bale. Matt Damon também está no filme. Boa companhia.

Destinada à grandeza

Sempre destinada à grandeza,” é como um antigo colega de escola descreve Balfe. Ela cresceu próximo à Tydavnet, no Condado de Monaghan, e passou a estudar teatro no DIT, em Rathmines, antes de ser descoberta por um caça-talentos e embarcar em uma carreira nas passarelas, quando adolescente, se tornando uma das modelos mais conhecidas e requisitadas do mundo. Embora não haja como negar o poder de estrela de Balfe, pessoalmente ela é incrivelmente discreta, relaxada, sem nenhuma cerimônia. Ela é tão discreta que eu não vejo nenhuma cabeça se virar quando ela entra no restaurante, enquanto ela se senta alegremente na mesa, sem maquiagem e em roupas casuais. Há zero ar de superioridade, nenhum fator de intimidação, apenas solidez realista. Ela revira os olhos para ela mesma, quando decide que algo que ela disse é “muito LA” (o que mal é), fica séria quando fala sobre representatividade feminina no set e é incrivelmente inteligente.

A inteligência dela!” a atriz Maria Doyle-Kennedy, que interpretou a personagem Jocasta Cameron na mais recente quarta temporada de Outlander, me contou por telefone. “Você sempre a encontra no set com um livro. Ela é uma leitora feroz.

Os livros desempenharam um papel importante na educação de Balfe. Quando ela tinha uns seis ou sete anos, o pai dela, um guarda, decidiu que a família não teria uma televisão. Por cerca de seis anos, a única vez que ela e seus irmãos tinham televisão em casa era durante duas semanas no Natal. Então ela lia. De tudo. Antes de começar o ensino médio, o livro preferido dela era O Morro dos Ventos Uivantes. Ela alternou para Aldous Huxley, George Orwell e Robert Pirsig. Por volta da época da sua prova final do ensino médio, ela estava lendo muito Ian McEwan.

O pai dela estava em uma trupe de comédia, ganhando competições Scór. E ela também gravitou em direção ao teatro. “Desde muito jovem, sempre me envolvi em teatro, por mais avançado e desenvolvido que o teatro juvenil na pequena vila em que cresci fosse, mas sempre foi a minha paixão fazer isso.” Por quê? “Provavelmente uma infinidade de razões. Se o meu pai tem alguma aptidão para isso, provavelmente algo foi passado para mim… eu também sou a quarta filha, então, provavelmente, muita busca por atenção.

Mas atuar, ela diz, também é como ela processa as experiências, observa o mundo ao redor dela, entende os relacionamentos e o que motiva as pessoas. “Acho que também foi escapismo. Eu cresci na década de 1980 em Monaghan, onde não havia muita coisa para fazer. Havia também muito bullying na escola primária que eu frequentei. Acho que foi uma fuga para sair de onde eu estava.” Que tipo de bullying era esse? “Digamos que ser filha de um guarda nos condados de fronteira dos anos 80 não era a coisa mais fácil.

Dezesseis horas por dia

Parte do motivo da atuação de Balfe em Outlander ser tão convincente é porque está enraizada no trabalho duro. Quando a primeira temporada foi encomendada, o elenco e a equipe estavam gravando na Escócia, relativamente fora do radar. Sem um milhão de olhos nela, Balfe pode existir longe dos holofotes, aperfeiçoando a sua personagem sem distrações, sem público e sem comentários externos.

Como alguém que tinha tão pouca experiência, foi um presente e tanto, pois eu realmente pude me estabelecer,” ela diz. No entanto, foi difícil. “Eu nunca trabalhei tanto quanto no primeiro ano. Nos primeiros seis meses, estávamos fazendo quinzenas de 11 dias e de 16, 17 horas por dia, com cinco horas de sono. Só  fizemos isso firmemente e trabalhamos direto por um ano. Foi doido.

Como alguém aguenta com esse nível de intensidade? “Não aguenta! Eu quase perdi a cabeça no primeiro ano. Mas eu não tinha mais nada para fazer. O vinho tinto geralmente é um bom apoio.

O primeiro apartamento dela durante esse período não tinha recepção telefônica e nem internet. “Então eu estava literalmente comendo, dormindo, vivendo Outlander. E sim, eu quase perdi a cabeça, mas, ao mesmo tempo, acho que as circunstâncias às vezes podem conspirar para lhe dar a melhor oportunidade na vida. Acho que a imersão completa na personagem e não ter nenhum tipo de vida fora disso foi provavelmente uma das melhores coisas que poderiam ter acontecido, porque eu pude conhecer essa personagem, interpreta-la e vivê-la de uma maneira que se eu tivesse tido um relacionamento ou se eu tivesse amigos ou algum tipo de vida externa que precisasse de atenção, talvez eu não estivesse tão envolvida e focada nisso. E, então, essa base nunca teria acontecido por causa da imersão.”

E são as lembranças também. O que é uma pessoa ou um personagem, se não uma série de lembranças e experiências? Então, sabe, nesta altura, eu já tenho uma imagem e tanto de quem a Claire é, porque eu vivi isso e passei por isso em cenas e todos esses momentos. É uma ótima base. A cada temporada você está apenas construindo em cima de todas essas experiências ricas. Essa é a beleza da televisão; é a beleza de fazer algo em longo prazo. Você realmente consegue, de certa forma, criar um ser vivo dentro de sua própria mente.

Bolha de desilusão

Quando ela se mudou para LA, ela costumava dizer a si mesma que viveria em uma “bolha de ilusão” de que a carreira dela daria certo. Ela diz que conhecia apenas uma pessoa na cidade. Ela não sabia muito bem como se locomover. Ela leu sobre uma aula de teatro e começou a frequenta-la. Além de ter aulas, ela se encaixou no papel do que ela chama de uma amiga profissional.

Houve um longo período, ela diz, em que ela estava “meio que se debatendo na terra de ninguém, apenas tipo, ‘Eu não sei como conseguir um agente!’” Mas essa “bolha da ilusão” acabou abrigando um talento muito real. De vez em quando, ela conseguia um pequeno trabalho. “Era com pessoas boas o suficiente para me fazer pensar, ‘certo, se eu posso estar em uma cena com essa pessoa e não me envergonhar completamente, então talvez eu possa fazer isso’. Acho que em algum lugar eu tinha essa autoconfiança, mesmo que ela provavelmente estivesse enterrada lá no fundo, às vezes. Mas acho que no final das contas eu pensava: posso fazer isso dar certo.

Tipo, acho que sou muito resiliente,” ela diz, tentando pensar em seus principais traços de personalidade. “Eu gostaria de dizer que é a minha empatia ou alguma besteira como essa. Mas, em algum lugar, eu sempre soube. Eu vim para L.A. um pouco tarde, mas mesmo antes disso, quando eu estava trabalhando antes, muito disso é ter a bendita coragem de continuar por aí e ser persistente diante de muita rejeição. Mas acho que isso também vem de acreditar que se há algo que você goste tanto de fazer, algo que pareça natural, de alguma maneira isso deve ser o que você deve fazer. Mas eu imagino que muitas pessoas se sentem assim, então eu não sei. Eu não sei por que eu tinha mais direito do que qualquer outra pessoa de continuar por aí.

Depois de continuar por aí e ser bem sucedida, Balfe agora está crescendo. Ela vai retornar para a quinta temporada de Outlander como produtora, ao lado de seu colega de elenco, Sam Heughan, que fora da série se destacou no ano passado em Meu Ex é Um Espião (The Spy Who Dumped Me). Balfe também está escrevendo, trabalhando em dois projetos com foco na Irlanda, ambos no estágio do primeiro rascunho. Um é apenas dela e outro com um amigo. “Eu não sou boa quando fico entediada,” diz Balfe, “eu fico atrevida quando entediada, é. Eu fico travessa. Ainda existe uma criança pestinha dentro de mim. Entediada na escola, balançando em uma cadeira.

Um lugar carente

Como atriz, ela diz que há anos em que “você está apenas pedindo permissão para fazer o seu trabalho, quando se está começando. Você vem de um lugar tão carente. Você entra em salas e fica tipo, ‘goste de mim, goste de mim’, sabe? Então, chegar a um lugar onde você fica, ‘oh, posso ter ambições além disso ou se dar permissão de ter ambições além disso é algo grande.

Com a conversa em torno da igualdade de gênero em áreas onde as mulheres são sub-representadas no cinema e na televisão sempre aumentando, Balfe diz que cabe a ela e as pessoas como ela fazer sua parte para ajustar o desequilíbrio.

Olhando para o desequilíbrio de poder e porque não há mulheres suficientes em posições de tomada de decisão, você percebe que uma grande parte disso é também que precisamos ir além e nos tornar esses números, nos tornar esses números de diretores que são mulheres, de escritores que estão criando os papéis. Acho que isso foi um grande alerta para mim, porque depende de cada um de nós fazer a nossa parte. E então é tipo, ‘Certo, bem, eu gostaria de fazer isso.’ Então, okay, pare de enrolar. Apenas faça. O objetivo seria pelo menos tentar [dirigir] uma vez e ver se eu sou boa. E para isso é, em parte, um dos projetos que estou escrevendo, o objetivo é dirigir isso eu mesma.

Ajuda que Outlander teve várias diretoras no comando e que Balfe foi dirigida por Jodie Foster em Jogo do Dinheiro. “Ela foi extremamente inspiradora,” ela fala sobre Foster, “Falar com ela, o intelecto dela é incrível. Nossa, cara. Tipo, sabe, você vai a uma reunião e acha que está preparada? Obviamente, [Jogo do Dinheiro] era [sobre] o mundo das finanças e eu li todos os livros de Michael Lewis e todos os artigos, mas você entra e tem uma conversa com ela e fica, ‘Certo, eu estou tão longe disso.’ Ela é incrível. Ela não é intelectual de uma maneira arrogante ou não é intencionalmente intimidadora… Ela é tão ótima. As ideias dela são tão boas.

Há tanta desigualdade

Mudar o status quo nos sets, quando se trata de gênero, levará tempo, esforço e pessoas. Também será necessária uma mudança na cultura que se estenda muito além das indústrias de cinema e televisão. “Eu definitivamente acho que com a nossa série, para a terceira temporada que gravamos há dois anos, tentamos fazer a temporada completa com diretoras. Acabou que não conseguimos ela toda, mas foi mais de 50%.

Para qualquer grande série de TV, isso é importante. “A nossa sala de roteiristas tem muitas mulheres. Nossos produtores executivos, dois homens e duas mulheres. Até os nossos executivos, há muitas mulheres,” Balfe diz, “Mas quando você olha para as equipes, talvez 95% são homens. Muito disso é tradição. Provavelmente, uma grande parte disso seja as horas loucas. Se você olhar para as mulheres jovens que entram no negócio, elas podem progredir, mas você não começa a chegar no ápice de sua experiência, os cargos seniores, até chegar nos seus 30 e poucos anos, que geralmente é quando as mulheres querem ter filho se quiserem ter filho… Muitas das mulheres desaparecem durante esses anos e, para elas, é impossível retornar ou voltar no mesmo nível em que estavam. E isso é um grande problema no setor.

Os membros da equipe masculina, diz Balfe, têm parceiras que tiveram filhos durante toda a duração das produções e, como muitas mulheres reconhecerão em campos dominados pelos homens, é uma proposta diferente, “Eu não sei dizer quantos doas caras, as namoradas tiveram filhos e todos puderam ter famílias, tiveram esse ótimo trabalho por cinco anos, e isso não afetou eles, exceto, talvez, pelo sono deles à noite. Eles podem ter tudo. O que você faz sobre isso?

Balfe fala ardentemente e com perspicácia sobre esses assuntos. “Na nossa indústria, os dois principais departamentos liderados por mulheres são os dois que recebem o menor salário e que trabalham por mais tempo: o de figurino e de cabelo e maquiagem. Existe tanta desigualdade. Não há problema em falar sobre os salários dos atores versus os salários das atrizes, isso é um problema, mas geralmente estamos em posição privilegiada. E agora temos alguma visibilidade para podermos falar sobre isso e, espero, ter algumas reparações. Mas para as mulheres que trabalham por trás [das câmeras], isso é um problema. Eu não sei o que se faz quanto a isso, mas algo precisa ser feito. E se as pessoas querem que climas ou culturas mudem nos sets ou atrás da câmera com todos os departamentos de lá, é uma mudança holística que é necessária.”

Se reconectando com a Irlanda

Balfe, que completa 40 anos no final deste ano, agora passou mais tempo fora da Irlanda do que nela. O acento em seu primeiro nome desapareceu. “Eu o tirei para os Estados Unidos, para tornar mais fácil,” ela disse uma vez no The Late Show with Stephen Colbert, como parte da tradicional conversa de abertura do programa, que o apresentador do talk show norte-americano reserva para a ortografia dos nomes dos atores irlandeses.

É interessante, então, que os próprios projetos dela pareçam estar voltando para a Irlanda. “Há um pouco de necessidade de uma reconexão ou um retorno,” ela diz. “Reconectar com o lar. Digo, eu nunca trabalhei como atriz na Irlanda. Eu não trabalho na Irlanda desde os 18 anos de idade. E é tão engraçado, porque grande parte da sua identidade é de onde você vem. Mas o país de onde eu sou é completamente diferente do país em que cresci.

Os colegas de elenco de Balfe falam sobre sua generosidade como atriz e sua disposição acolhedora. Ela defende o trabalho deles fora da série e os engrandece nas mídias sociais. Doyle-Kennedy menciona um momento em que ela percebeu que Balfe tinha saído e escutado o último álbum dela, espontaneamente, e conversado sobre ele com ela, quando voltou ao set. “Acho que, na essência, o que estou tentando dizer sobre CB,” Doyle-Kennedy escreve por mensagem depois de termos uma conversa sobre Balfe, “é que ela usa a posição dela como número 1 da série para o bem de todos os envolvidos. Ela está ciente e apoia o trabalho das pessoas ao redor dela e qualquer mudança que ela procuraria seria para o bem comum, em vez de algum ganho pessoal. Ela é tão inteligente quanto é linda, ela é uma força acolhedora no set e na vida real.

Caitriona Balfe foi uma das estrelas da Starz que compareceu no painel do canal da Television Critics Association, na tarde de ontem (12), em Los Angeles. A atriz estava acompanhada de Maril Davis, a produtora executiva de Outlander, e os elencos e criadores de Vida, Power, Sweetbitter e American Gods em um painel que celebrava as mulheres fortes das séries da Starz intitulado Fiercely Female.

Durente o painel, a atriz compartilhou que ainda não consegue acreditar que foi indicada ao Globo de Ouro como Melhor Atriz de Drama por 4 vezes consecutivas, “Acho que você nunca espera que nenhuma dessas coisas ótimas aconteçam.

Ela também se recordou de quando conseguiu o papel de Claire Fraser na série e que “não tinha tempo nem para saber o próprio nome,” pois tinha apenas duas semanas para se preparar para gravar. “Eu apenas tive sorte de conseguir um emprego. Eu era essa atriz falida e desempregada. Minha meta era apenas trabalhar.

Com toda a correria da primeira temporada e pouco tempo para estudar a personagem e a época, Caitriona Balfe dise que a alegria de fazer TV é ter diversas temporadas para adicionar novas camadas aos personagens. “Cada personagem determina o trabalho que você faz. Você faz pesquisa, eu comecei pelos anos 1940. Quando você está fazendo uma série, muito do trabalho acontece organicamente… Essa é a beleza e a alegria em fazer TV, você têm mutiplas temporadas para adicionar camadas de experiência para os personagens.

A produtora executiva Maril Davis também lembrou que a primeira temporada demorou um ano para ser gravada e que Caitriona Balfe estava em praticamente todas as cenas. “Certamente, todo esse reconhecimento é bem merecido.

Prestes a iniciar as gravações da quinta temporada, Caitriona Balfe acha que é ótimo que a história de amor de Claire e Jamie tenha repercutido com os fãs. “Somos sortudos de ter encontrado uma casa na Starz. A Diana criou essa personagem incrível, nesse mundo incrível. Quando as pessoas veem esse casal aspiracional que é a Claire e o Jamie, não se trata só de encontrar o amor da sua vida… A Claire pode ser essa personagem incrível, também.

Após o painel, a atriz concedeu entrevistas para a mídia. Confira aqui a concedida à Showbiz Junkies.

Confira as fotos do painel em nossa galeria.

Home » Eventos e Aparições Públicas | Events & Public Appearances » 2019 » 02.12 | Painel da Starz no TCA de Inverno de 2019

Com informações do Gold Derby, Diane Gordon e Danielle Turchiano