O editor do News 24 conversou com Caitríona Balfe e Jamie Dornan, as estrelas de Belfast, indicado ao Oscar de Melhor Filme, para falar sobre amor e família em épocas de agitação e turbulência extrema. Veja a tradução da entrevista a seguir. Belfast estreia no Brasil em 10 de março.

Ele é um ator incrivelmente talentoso e também é um dos homens mais adoráveis ​​que você vai conhecer“, diz a atriz irlandesa Caitríona Balfe ao elogiar ao seu colega de elenco em Belfast, Jamie Dornan.

Ele tem tanta integridade em seu trabalho. Foi tão fácil entre nós dois“, acrescenta ela via Zoom durante nossa conversa virtual.

A estrela de 42 anos, talvez mais conhecida por seu papel na série de sucesso Outlander, está vestindo um blazer preto formal sobre uma blusa preta com o cabelo preso em um coque estiloso. Um belo par de brincos de ouro grossos completam seu visual elegante.

Ele queria o melhor de cada cena, assim como eu. Parecia que nos encontrávamos constantemente no mesmo lugar, quando estávamos falando sobre as cenas. Nós rimos muito. Realmente rimos“, ela diz em seu sotaque irlandês, enquanto a letra r sai obedientemente de sua língua e estala no ar com uma pitada de animação.

Caitriona, Mamãe, e Jamie, Papai, assumem os papéis principais no filme semiautobiográfico em preto e branco de Sir Kenneth Branagh, que conquistou impressionantes e merecidas sete indicações ao Oscar.

Ela tem uma das risadas mais malvadas do ramo“, Jamie, sorrindo para minha tela de uma sala arrumada, me diz com um sorriso malicioso quando pergunto a ele sobre trabalhar com Caitriona.

O belo ator, que arrancou muitos suspiros com sua performance fumegante no drama erótico Cinquenta Tons de Cinza, está vestindo uma camisa preta de manga curta que mostra seus antebraços definidos e o relógio de prata em seu pulso esquerdo.

Ele acrescenta: “É incrível a risada dela e eu ouvi isso muito.

Agitação

Ambientado  no final da década de 1960 em meio aos Conflitos, risos pode parecer totalmente fora de lugar no set de um filme que lida com tópicos pesados ​​como política, religião e conflitos violentos. Mas, Belfast, visto através dos olhos de um jovem chamado Buddy, interpretado pelo recém-chegado Jude Hill, examina o conflito e a turbulência política através de uma perspectiva muito inocente.

É incrível como Ken foi capaz de segurar essas duas coisas em suas mãos ao mesmo tempo“, Caitriona, chacoalhando as mãos na frente dela balançando-as de um lado para o outro, diz em louvor a genialidade de Branagh em criar magistralmente um filme suave, carinhoso e amoroso tendo como pano de fundo os tópicos mais sombrios e complexos: o estado de guerra.

A beleza em poder contar a história através dos olhos de uma criança é que você não precisa se prender às nuances da política ou olhar para ela através de lentes ideológicas ou paramilitares. As experiências dele como um menino de 9 anos de idade eram basicamente de ter seu mundo virado de cabeça para baixo e ele nunca entendeu o porquê.

O que é importante para uma criança de nove anos são coisas como seu time de futebol, a garota que gosta, o que está acontecendo dentro dos limites das quatro paredes de sua própria casa. Acho que todo mundo que vive em um lugar de agitação civil pode entender que ao lado do perigo e desses momentos pesados, a vida continua. Ainda há brevidade, ainda há amor, ainda há risos e eles são ainda mais importantes.

Da própria Irlanda do Norte, Jamie sentiu que era essencial olhar a história de uma perspectiva diferente.

Para ser honesto, é muito importante que alguém dessa parte do mundo mostre isso, porque as outras versões já foram contadas antes e elas têm seu devido lugar. Houve filmes brilhantes feitos sobre esse conflito, sobre Os Conflitos, e muitas vezes através de uma lente muito política, sectária ou tribal, violenta. E embora seja bom ver isso e há tanta verdade ali, também é realmente necessário ver como apenas uma família trabalhadora comum foi afetada por algo como isso.

“Essa é uma história que ainda não foi contada e para mim, particularmente, alguém de Belfast que viajou pelo mundo por 20 anos dizendo às pessoas que sou de Belfast e vendo todos os tipos de respostas diferentes a isso, é muito importante que essa história é contada”, ele diz com aquele sotaque icônico que pode amarrar frases como a corda de um pescador pode manter um barco amarrado a uma doca.

Papai

Sobre interpretar Papai, Jamie, pai de três filhas, teve que se colocar em uma era completamente diferente para entender completamente a perspectiva de seu personagem.

Acho que os pais de hoje são provavelmente mais táteis do que eram nos anos sessenta. Particularmente de onde venho em Belfast”, reflete, acrescentando: “Mas tive muita sorte de ter um pai muito amoroso e táteis e gosto de pensar que sou assim, provavelmente.

A estrela de 39 anos timidamente olha para fora da câmera e sorri enquanto acrescenta: “Sabe, é alarmante quantas vezes por dia eu digo aos meus filhos que os amo, mas essa foi a minha experiência também.

Eu gostava de falar com o Ken sobre seu próprio pai, ele estava em algum lugar no meio, sabe. Ele expressava amor para crianças, mais do que outros homens naquela época. Ele era muito da família. Ele estava tentando tomar as decisões certas para ela. Acho que isso é algo que é verdade até mesmo para um pai hoje. Você está sempre colocando as crianças e a família em primeiro lugar“, ele gesticula para frente com as mãos, momentaneamente dando um vislumbre de sua aliança de casamento. Jamie é casado com a musicista e compositora inglesa Amelia Warner desde que eles fizeram seus votos em uma cerimônia privada em uma bela casa de campo em Somerset em 2013.

Acho que esse foi o maior aspecto com o qual eu conseguia me identifica, ter que tomar decisões difíceis. Não porque enfrentei o início do que acabaria sendo uma guerra civil, mas até mesmo com o que todos nós experimentamos nos últimos anos e passar por isso com crianças tem sido difícil. Então, você pode se basear um pouco nisso.

Mamãe

A personagem de Caitriona, Mamãe, tem uma jornada diferente do Papai de Jamie.

Acho que uma das coisas que amo tanto nessa personagem e a maneira como Ken a escreveu foi que ela parece ser abrangente. Ela é mãe, é esposa, mas também tem essa batalha muito pessoal pela qual está passando que é uma coisa muito independente que ela tem que superar, isso é muito sobre ela.

Uma das coisas que realmente me impressionou quando li o roteiro é que vemos Papai com sua família muito estável. Vovô (Ciarán Hinds) e Vovó (Judi Dench) estão sempre lá; você tem a sensação de que ele tem confiança inata na vida. Que ele é capaz de seguir em frente e ir a qualquer lugar que ele quiser, porque ele sempre terá isso para se apoiar. Enquanto com Mamãe, e isso é uma coisa que eu falei com Ken, ela nunca teve essa estabilidade.

Ela perdeu a mãe muito jovem, sua vida familiar sempre foi caótica, mas ela sempre teve suas irmãs e seus irmãos, e acho que esta casa com Papai, com seus dois filhos, é a primeira vez que ela realmente teve estabilidade. Então, para ela, imaginar deixar isso e deixar essas ruas onde sua identidade está tão envolta, é realmente difícil. É difícil, para ela, imaginar uma vida além disso.

Essa foi um grande ponto para mim para acessá-la, porque por um lado, ela é uma pessoa muito feroz e confiante neste lugar, mas é aí que está sua limitação. Há uma garotinha dentro dela que, além disso, está além da capacidade dela. Era uma complexidade legal de se lutar.

Caitriona, em 2021, se tornou mãe quando deu as boas-vindas a um menino com o marido Anthony “Tony” McGill.

Sobre sua colega de elenco, Jamie diz: “Ela tem muita conforto sobre ela. Uma verdadeira graça. Mas, como você vê no filme e em sua interpretação, ela pode ser feroz e meio estoica e tem uma dureza que acho que é frequentemente encontrado em mulheres irlandesas“, ele faz uma pausa antes de acrescentar com orgulho; “e Caitriona é uma mulher irlandesa.

O que essa mulher irlandesa acha de seu colega de elenco chamando sua risada contagiante de a mais maligna do ramo?

Vou aceitar“, ela diz sem o menor sinal de hesitação, antes de soltar uma risada alegre.

Deve ser verdade, então, o que dizem sobre os poderes mágicos do riso. Às vezes, como em Belfast, tudo o que precisamos nos momentos mais sombrios é uma risada tão grande que pode abrir as comportas que finalmente permitirão que nossas lágrimas fluam livremente.

Na noite de ontem, Caitríona Balfe compareceu ao programa de entrevistas noturno da ABC, o Jimmy Kimmel Live!.

Inicio » Eventos e Aparições Públicas | Events & Public Appearances » 2022 » 03.02 | Chegando aos estúdios do ‘Jimmy Kimmel Live!”, em Los Angeles

Gravado na Califórnia, sobre os olhos duma plateia completamente vacinada e usando máscaras, a atriz conversou com o entrevistador sobre diversos assunto. Balfe contou como foi divertido estar no SAG Awards, que aconteceu no último domingo, e observar Jude Hill conhecer e ser elogiado por grandes nomes de Hollywood. Ela também comentou sobre o vídeo fofo que a escola em que ela estudou o Ensino Fundamental em Monaghan gravou.

Na data, a atriz tuitou, “Isso é incrível!!!!! Obrigada, PESSOAL…. Ótimos passos e vocês estão fabulosos!!!!” Hoje, a escola compartilhou um trecho do programa em que a ex-aluna menciona eles e declarou que, para comemorar, não haveria lição de casa!

Caitríona ainda falou sobre tradições irlandesas e que ninguém em sua terra Natal come corned beef (uma espécie de carne salgada no sal grosso e cozida no vinagre) e repolho. Por fim, ela contou, muito feliz, como suas fãs e os fãs de Outlander conseguiram plantar mais de 120 mil árvores em homenagem a ela em seu aniversário do ano passado.

Inicio » Programas de TV e Rádio | TV Appearances & Radio Shows » 2022 » 03.02 | ‘Jimmy Kimmel Live!’

Assista a entrevista completa e legendada no player abaixo. As fotos da participação da atriz no programa podem ser conferidas em nossa galeria.

Após a polêmica do corned beef e repolho, Jimmy Kimmel enviou o prato para que Caitríona Balfe experimentasse. A reação dela ao experimenta a iguaria está no vídeo abaixo: “Acho que agora fui convertida? Obrigada, Jimmy Kimmel… Consegui comer tudo!!!!

Caitríona Balfe foi capa e recheio da revista do jornal escocês The Scotman de 15 janeiro. Leia a seguir a entrevista com a atriz, que falou sobre seu mais novo trabalho na telona, com Belfast, e na telinha, com Outlander.

Por que seu mais novo filme foi um tipo de retorno ao lar para a atriz irlandesa

por Janet Christie

A atriz irlandesa Caitriona Balfe está sorrindo e feliz enquanto fala de Londres sobre seu novo filme Belfast. A razão para o humor otimista da estrela de Outlander é a recepção que o filme está recebendo, bem como a experiência que ela teve ao fazê-lo.

Apesar de se passar no início dos Conflitos da Irlanda do Norte em 1969, a comédia-drama semiautobiográfica de Kenneth Branagh é contada do ponto de vista de Buddy, de nove anos, e consegue capturar a alegria e a maravilha da infância em um cenário de conflitos e tragédia, tornada ainda mais intensa vista depois. Você vai rir e vai chorar.

Quando vi o filme, chorei muito“, diz Balfe, “porque, embora seja uma história muito pessoal para o Ken, você não pode deixar de pensar em sua própria vida e sua própria família e suas próprias experiências como alguém que também cresceu na Irlanda.

Balfe interpreta Ma, mãe de Buddy, que é interpretadp brilhantemente pelo recém-chegado e ator mirim Jude Hill, ao lado de Jamie Dornan, Judi Dench, Lara McDonnell, Ciaran Hinds, com música de Van Morrison. O filme estreou no BFI London Film Festival em outubro e ganhou o People’s Choice Award no Festival Internacional de Cinema de Toronto de 2021.

O que Balfe acha que são os temas do filme?

Definitivamente, família e amor e a inocência da infância sendo destruída ou derrubada por conflitos externos. Saí de lá quando tinha 18 anos, mas tenho tanta nostalgia ao relembrar da minha infância e daqueles anos em que você olha para o mundo com olhos de admiração. Eu acho que a ideia do amor da família e da comunidade e da inocência da infância e o que perturba isso são os temas do filme.

O filme leva seu público de uma Belfast contemporânea em cores sobre os Muros da Paz para o mundo preto e branco de uma rua animada e unida da classe trabalhadora em Belfast, enquanto as barricadas começam em 1969.

Flashes de cores realçam as lembranças de O Calhambeque Mágico e de Futebol de Botão, piqueniques e espadas de madeira, em contraste com metralhadoras e turbas, enquanto divisões políticas e religiosas que não têm sentido para uma criança destroem sua comunidade.

Mesmo que esta seja muito a história de Ken, há uma universalidade nela que permite que você veja a sua própria história. Eu definitivamente pensei em minha mãe, interpretando a Ma. Você tem essa ligação muito pessoal e não parece que estou fazendo a mãe de Ken; é como se eu estivesse fazendo a mãe que conheço dessa história.

Crescendo no Condado de Monaghan nas décadas de 1980 e 1990, os Conflitos ainda tem consequências duradouras para Balfe.

Monaghan fica bem na fronteira e, onde cresci no país, estamos a apenas 10 quilômetros de distância. Durante a maior parte da minha infância, o punt ou a libra irlandesa era mais forte que a libra esterlina, então íamos para o Norte fazer nossas compras semanais, passando por grandes postos de controle do exército com soldados britânicos com metralhadoras verificando seu carro e tínhamos sustos de bombas em nossa cidade o tempo todo, então definitivamente estava muito presente e era muito real.

A própria família de Branagh deixou a Irlanda e ele passou a encontrar fama internacional com inúmeros filmes de sucesso que variam de adaptações de Shakespeare a Dunkirk e Morte no Nilo, mas este é Branagh voltando para casa, com seu filme mais pessoal até hoje.

Acho que esta é uma versão do que ele passou. Ele falava, enquanto estávamos filmando, sobre suas lembranças de quando as barricadas foram erguidas e foi ótimo tê-lo lá e absorver todas essas informações sem parecer que ele está dizendo o que fazer. E o irmão de Ken e sua irmã também fizeram pequenas participações, então foi muito pessoal para ele, o que foi uma coisa muito bonita.

Agora que Balfe é mãe (ela e o marido produtor musical Tony Gill moram em Glasgow com o bebê que tiveram no verão passado) será que ela achou que isso lhe deu uma compreensão sobre como interpretar Ma?

Eu realmente acho que não, porque ainda estou tentando fazê-lo dormir e comer e deixar as fraldas secas, estou nesse estagio. Portanto, essas questões maiores sobre segurança ainda não apareceram tanto. Obviamente, estou desesperada em mantê-lo seguro, mas ainda estamos no início da maternidade aqui“, ela diz e ri.

Não era exatamente o plano deixar isso para tão tarde, [Balfe tinha 41 anos], mas sabe, eu amo ter sido capaz de viver uma vida muito plena. Eu não sou de planejar as coisas, e provavelmente vou pagar por isso agora que tenho um filho, porque estou percebendo que muito da criação de filhos é logística e planejamento. Mas eu apenas disse sim a qualquer oportunidade que se apresentasse e, ao fazê-lo, tive muita sorte que minha vida foi interessante e me trouxe a muitos lugares legais, então é, vou aceitar isso com a desorganização, então.

Trabalhando com Jude Hill, que tinha oito anos quando o filme foi feito, e o adolescente Lewis McAskie, que interpreta seu irmão mais velho, Will, fez com que Balfe e Dornan passasse muito tempo livro no set com eles, já que foi feito durante a Covid, com filmagens em Belfast e Londres.

Jude é incrível. Este é o seu primeiro papel e é uma atuação tão madura. Ambos Jude e Lewis e suas mães são adoráveis ​​e passei muito tempo com eles, porque estávamos todos no mesmo hotel. Era verão e estava ensolarado e o Ken fez a equipe e o elenco jogar rounders ou basquete, portanto, muito rapidamente todos nós formamos esse relacionamento muito familiar que eu acho que realmente aparece na tela. Mas o Jude é uma maravilha. Todos os dias que aparecia no set, ele estava preparado, nunca reclamou e você sabe que o filme depende dele. Tenho muito orgulho dele.

Enquanto a família de Branagh deixou Belfast, se Balfe estivesse nessa posição, ela teria saído?

Deixar a família, pais, irmãs, irmãos e amigos, é uma decisão muito difícil. É difícil dizer, porque é difícil não ter a perspectiva de que esse conflito continuou por tanto tempo. Acho que sabendo disso, você deixaria. Para proteger seus filhos, você faria algo drástico.

Balfe já foi oferecida papeis que se passavam na Irlanda dos Conflitos, mas este foi o primeiro que a atraiu.

Você sente uma responsabilidade emocional ao fazer qualquer projeto que tenha a ver com o Norte, que você não está, de forma alguma, romantizando nenhum lado dessa ideologia. Isso é algo com o qual sempre tive problema, quando se recebe roteiros que falam sobre o conflito, pois muitas vezes eles olham para trás com óculos cor de rosa sobre esse tipo de homem patriota e corajoso. E eu nem sempre vejo dessa maneira.

Acho que o que é tão bonito no roteiro de Ken é que ele é sobre as pessoas reais e como isso realmente afetou as famílias, e há uma compaixão por isso. Achei muito importante falar sobre isso, especialmente hoje em dia, quando há uma geração que esquece como era ou não estava por perto quando o conflito estava no auge. E há aquela noção romântica de lutar por uma causa que está desaparecendo que acho que é muito, muito triste.

Belfast é uma história contada do ponto de vista de uma criança e, como tal, dá peso igual a uma narrativa feminina ao lado da masculina tradicional.

Exatamente“, diz Balfe. “Quando eu estava fazendo minha pesquisa, há tantas filmagens sobre a Irlanda do Norte, tantas entrevistas com mulheres de vários pontos diferentes do conflito, eu chorava porque esse é o meu povo. Aquelas mulheres. E você vê quantas vidas foram destruídas. Essas mulheres estavam literalmente vivendo no medo, porque as pessoas estavam se aproveitando de ideologias e alimentando o medo por poder, dinheiro, extorsão de seguros, seja lá o que fosse, e as mulheres geralmente eram as que eram deixadas para juntar os pedaços, seja perdendo seus filhos, seus maridos, seus pais ou simplesmente tinham que ver crianças morrendo nas ruas ou sendo mortas.

É muito trágico o que aconteceu. Em um país tão pequeno, como permitimos que isso acontecesse. A tragédia disso às vezes é esmagadora.

Com o lançamento do filme no Reino Unido, ele já atraiu críticas positivas e prêmios e está entre as indicações ao Oscar, com Jude Hill sendo cotado na categoria de Melhor Ator e Caitríona Balfe, Judi Dench, Jamie Dornan e Ciarán Hinds nas de Atriz Coadjuvante e Ator Coadjuvante.

Isso está longe de acontecer“, diz Balfe, “mas com tanto sucesso em Toronto, esse foi um prêmio especial de receber. Estou simplesmente feliz pelo filme ter ficado tão bonito quanto ficou e por estar recebendo o reconhecimento que merece, porque foi filmado tão lindamente e o trabalho duro, amor e alma que foi colocado para fazê-lo são inigualáveis. Estou muito feliz que o trabalho de todos está sendo notado.

Nascida em Dublin, Balfe cresceu em uma vila no condado de Monaghan, perto da fronteira, e depois da escola estudou teatro em Dublin. Enquanto coletava dinheiro para caridade em lojas locais, ela foi encontrada por um agente de modelos que a lançou nas passarelas e em campanhas para grandes marcas de moda, incluindo Dolce & Gabbana, Fendi, Burberry, Dior, Louis Vuitton, Givenchy, Armani e Chanel e nas capas da Vogue e da Elle. Atuar sempre foi seu primeiro amor, no entanto, e depois de uma década como modelo, ela retornou em 2009, fazendo aulas em Los Angeles e depois ganhando papéis em Super 8 (2011), Truque de Mestre (2013), Rota de Fuga (2013), Jogo do Dinheiro de Jodie Foster ao lado de George Clooney e Julia Roberts (2016) e Ford v. Ferrari (2019), com Christian Bale e Matt Damon, enquanto encaixa coisas entre Outlander, que ela estrela desde 2014.

Ford vs Ferrari foi incrível“, diz ela. “A maior parte do meu trabalho foi com Christian que, você sabe, fez algumas coisas, ele é conhecido como um bom ator.” Ela ri. “Christian é incrível e Matt Damon, eles são provavelmente os melhores atores da nossa geração… e era um assunto que eu amo, Fórmula 1. Eu amo esse tipo de corrida e filmes de esportes, então foi um projeto muito divertido para mim. E eu consegui filmar em Los Angeles, então foi ótimo.

Junto com Belfast e Outlander, grande parte do trabalho de Balfe foi um drama de época, mas ela está pronta para fazer algo mais atual no futuro.

Eu adoraria fazer algo contemporâneo. Foi assim que aconteceu, embora Jogo do Dinheiro foi contemporâneo. Não sei por que, talvez eu simplesmente tenha um rosto de época?

Não tem. E os dramas de época também têm uma maneira de lidar com questões atemporais, apesar de serem ambientados no passado.

Acho que eles podem ser uma ótima ferramenta para olhar para as coisas que estão acontecendo hoje sem forçá-las na cara das pessoas. Acho que Belfast lida com algumas questões muito contemporâneas. No momento, no mundo, há muita divisão por causa de nada e acho que o lembrete de que sua família, a comunidade e o amor que deveria existir ali é tão vital e importante, é uma mensagem que as pessoas precisam ouvir novamente agora.

Interpretar Ma também foi uma oportunidade para Balfe agitar as coisas, enquanto esperava para filmar a próxima temporada de Outlander, o papel pelo qual ela é mais conhecida. Estrelando como Claire Randall Fraser ao lado de Sam Heughan como Jamie na série de drama histórico da Starz, ela ganhou vários prêmios, incluindo um British Academy Scotland Award, um Irish Film and Television Award, dois People’s Choice Awards e três Saturn Awards, bem como Critics’ Choice Television Awards e quatro indicações ao Globo de Ouro.

Amo interpretar a Claire, ela me deu muito e foi uma grande parte da minha vida por tanto tempo. Como ator, é muito legal poder fazer outra coisa e isso te deixa animada para voltar.

Com a série de oito episódios prestes a chegar às nossas telas em março e com Claire e Jamie traumatizados pelos eventos da quinta temporada, particularmente o estupro em grupo de Claire e a Guerra da Revolução Americana (1775-1783) chegando, o que ela pode nos dizer sobre o que está reservado para os ocupantes da Cordilheira Fraser?

É uma temporada menor, mas muito cheia. Há muita coisa acontecendo“, ela diz. “Há muito desdobramento para muitos personagens e para mim, particularmente, para a Claire. Ela sempre passou por todas as tragédias ou situações em que se viu, de certa forma, ilesa. Acho que devido à sua formação e carreira médica, ela foi capaz de compartimentar as coisas e seguir em frente, não importa o quê. Mas o que aconteceu com ela no final da quinta temporada realmente a desestabilizou e a vemos se desenrolar de uma maneira que nunca vimos antes. Para mim, foi muito interessante abordá-la de uma maneira muito diferente.

É um processo de cura após aquele ataque horrível. Teria sido negligente não explorar isso e vê-la superar isso. Ela é uma mulher forte, então acho que ela vai superar tudo, mas ao mesmo tempo ela não é Teflon, ela tem que passar pelo processo e, para ela, essa é a lição mais difícil desta temporada. Ela não é alguém que está acostumada à introspecção e se permitir a ser, como ela acha que é, fraca. Mas ela realmente está despedaçada. Permitir-se ser frágil e vulnerável é uma coisa muito difícil, mas é algo que ela tem que aprender e, no fim, vai torná-la mais forte.

Daí temos essa guerra iminente no horizonte e Jamie está realmente lutando, andando na corda bamba entre apoiar os britânicos o suficiente para não cair em desgraça com eles, mas sabendo que eles vão perder no final e que em algum momento ele tem que mudar de lado. Então, é realmente interessante em termos do personagem dele. E temos novos personagens que chegam a Cordilheira que realmente mudam as coisas também.

As filmagens da sétima temporada, que terá 16 episódios baseados em Ecos do Futuro, de Diana Gabaldon, devem começar em breve no estúdio em Cumbernauld, perto de Glasgow, e em locais por toda a Escócia se passando pela Carolina do Norte.

A Escócia é a nossa casa e temos este ótimo estúdio onde muito dinheiro foi investido nas instalações e nossa equipe escocesa é incrível, então definitivamente voltaremos.

Para Balfe, isso significa estar em casa em Glasgow com seu foco muito voltado para a série de sucesso.

Temos uma temporada muito longa para filmar, então isso vai tomar a maior parte do ano. Portanto, isso vai realmente ditar o que mais é possível fazer. Mas nunca sabemos. Pode haver tempo para entrar de fininho em outra coisa. Veremos.

Em entrevista ao Digital Spy, Caitríona Balfe fala o que podemos esperar da sexta temporada da série, a logística da sétima temporada e como ela gostaria que a série chegasse ao fim, quando for a hora certa.

Nota: as falas a seguir, além de conter spoilers da sexta temporada de Outlander, pode gerar gatilho em alguns leitores, já que menciona abuso sexual.

Há quase dois anos, a quinta temporada de Outlander acabou com uma história chocante: o sequestro e estupro brutal de Claire Fraser por Lionel Brown e seus homens. A estrela Caitríona Balfe não vê a hora dos fãs finalmente verem sua personagem lidando com as consequências do ataque, quando a sexta temporada começar em 6 de março.

Acho que foi muito importante, quando, na temporada passada, estávamos falando sobre o ataque o estupro e como isso seria, já estávamos falando sobre o quão importante seria que mostraríamos a consequência e a recuperação [na próxima temporada],” diz Caitríona em entrevista ao Digital Spy.

Nossos roteiristas fizeram um trabalho fantástico e eles criaram essa ótima premissa de como seria o provável resultado de o que a Claire faria em termos de Estresse pós Traumático e como ela passaria por isso.

O que eu amei é que vemos Claire se mostrar de um jeito que nunca vimos antes e este tipo de mecanismo de enfrentamento antigo que ela teve de compartimentar tudo e seguir em frente simplesmente não lhe serve mais“, diz Caitriona sobre a nova temporada.

É muito interessante poder explorá-la de um jeito e poder meio que levá-la nesta nova jornada, pois não dá para esperar que uma personagem ou alguém passe por algo assim e que isso não os abale muito profundamente.

Vemos ela dando alguns passos em sua recuperação e dá para saber que ela pode começar a procurar outras maneiras de mascarar a dor que está sentindo. Mas, de verdade, acho que é uma longa jornada para ela conseguir superar por isso, mas há esperança e tenho confiança de que todos a verão em um lugar muito melhor, conforme a temporada avança.

A nova temporada é mais curta, com apenas 8 episódios devido as restrições de filmagens durante a pandemia. No entanto, isso não afetará a temporada, já que a atriz garante que os episódios faltantes serão gravados no início da sétima temporada.

O que fizemos foi pegar os quatro episódios que teríamos filmado [na sexta temporada] e agora os estamos colocando no início da sétima temporada, então a sétima temporada terá 16 episódios,” ela explica. “Acho que dessa forma ainda somos capazes de fazer Outlander da maneira que sempre fomos capazes de fazê-lo, fazemos no nosso tempo, permitimos que a história se desenrole, ainda temos alguns ótimos episódios independentes que ainda são um mundo a parte que é algo que acho que fazemos muito bem.

Temos um que é muito parecido com um faroeste, temos um que é um pouco mais como um horror novamente e há outro que é como, não a pandemia, mas outro tipo de emergência médica que chega a Cordilheira. Acho que nossos roteiristas fizeram um ótimo trabalho em manter o escopo e a escala da série, apesar dos diferentes desafios que tivemos ao filmá-la.

Além de lidar com seus próprios problemas e com sua extensa família, esta temporada Claire precisa lidar com os novos moradores da Cordilheira Fraser.

Há um momento em particular em que acho que tudo vem à tona para ela e ela realmente precisa de um momento ‘Venha para Jesus’ sobre onde ela está e o fato de que talvez ela precise procurar ajuda das pessoas ao seu redor, porque ela não pode carregar esse fardo sozinha,” diz Caitriona. “Há os Christies que vieram para a Cordilheira e com eles vêm muitas complicações e segredos e isso vai ter um grande impacto em Claire e Jamie também. Há muita coisas acontecendo nesta temporada!

A sétima temporada retornará as gravações em Glasgow na primavera deste ano e será baseada, até onde se sabe, no sétimo livro da autora Diana Gabaldon. A escritora já deu a entender que o décimo livro é o final da história de Claire e Jamie. Será que Caitríona Balfe sabe como a história da Claire termina?

Ela [Diana] contou a Sam [Heughan, que interpreta Jamie], acho que ela contou a Sam algo sobre o personagem dele, mas acho que ele é muito intrometido e a atormentou! Fico bastante feliz com o mistério e só descobrir quando precisar,” diz Caitriona.

Sobre o futuro da série, Caitríona Balfe pretende continuar contanto a história de Claire enquanto tiver história a ser contada. No entanto, o futuro final de Outlander não depende dos atores.

Acho que sempre disse que, enquanto o material continuar sendo desafiador e a escrita continuar a nos desafiar e houver coisas novas para explorarmos como atores, então isso é tudo o que você quer como ator,” ela diz.

O que sabemos agora é que temos esta grande sétima temporada, serão 16 episódios e todos estamos, de certa forma, nos preparando para ter a resistência necessária para poder fazer isso, porque filmaremos por 13 meses, o que será muito intenso. Então, para ser honesta, pensar além disso não dá certo para nós e essas decisões não estão em nossas mãos, então vamos ver!

Mesmo sem saber quanto tempo Outlander ainda ficará no ar, Caitriona tem uma ideia de como gostaria que a história de Claire e Jamie terminasse, seja quando for.

Acho que tem que ser um momento Romeu e Julieta, né, onde nós dois estamos juntos ou um momento Naoise e Deirdre em que Jamie e Claire meio que se deitam juntos e partem lentamente,” ela diz. “Eu não acho que um pode sobreviver sem o outro e eu não acho que Claire vai deixá-lo. Ninguém é eterno, então em algum momento alguém vai ter que bater as botas, então que eles façam isso juntos!

Talvez eles se transformem em tartarugas, algo que vive por centenas de anos e viajem juntos, sob o mar, talvez este seja o fim…

Na noite de ontem, aconteceu a 5ª Premiação da Hollywood Critics Association, a Associação dos Críticos de Cinema de Hollywood. Belfast e o elenco do filme concorriam em 9 categorias, entre elas Ator Coadjuvante (Ciarán Hinds e Jamie Dornan), Atriz Coadjuvante (Caitríona Balfe), Melhor Filme, Melhor Roteiro Original (Kenneth Branagh) e Melhor Elenco de Filme.

Caitríona Balfe, Jamie Dornan, Ciarán Hinds, Jude Hill e Kenneth Branagh foram entrevistados na chegada do evento e os atores puderam falar como foi trabalhar com o diretor no longa.

Com um look bastante natural e sempre sorridente, a atriz posou para fotos na chegada do evento. Note que em sua bolsa, Caitríona Bolsa guardava um girassol, flor símbolo da Ucrânia.

Inicio » Eventos e Aparições Públicas | Events & Public Appearances » 2022 » 02.28 | 5º Hollywood Critics Association Film Awards [Tapete Vermelho]

Durante a cerimônia, Caitríona Balfe e Jamie Dornan subiram ao palco para homenagear o diretor Kenneth Branagh com o Prêmio de Excelência em Arte. Mais tarde, os dois atores, acompanhados de Jude Hill e Ciarán Hinds, receberam o único prêmio da noite de Belfast: Melhor Elenco de Filme.

Inicio » Eventos e Aparições Públicas | Events & Public Appearances » 2022 » 02.28 | 5º Hollywood Critics Association Film Awards [Bastidores e Cerimônia]

Durante seu agradecimento, Caitríona Balfe mencionou as mães que estão sofrendo com a situação da Ucrânia: “No momento… Sabe, interpreto uma mãe que está tentando decidir o melhor a se fazer pela família dela, quando os Conflitos começaram. Eu gostaria de apenas pensar, esta noite, em todas as mulheres e todas as mães na Ucrânia que estão tentando decidir o que fazer por seus filhos e enviar um pouco de amor a elas. E que, de alguma maneira, estamos pensando nelas.

Por ser uma das premiadas da noite, Caitríona Balfe fez parte dos retratos oficiais do evento. As fotos podem ser conferidas nos links a seguir.

Inicio » Ensaios fotográficos | Photoshoots » 2022 » 004 | Chelsea Lauren [Retratos do HCA]

Belfast estreia nos cinemas brasileiros em 10 de março.

Na noite de ontem, Caitríona Balfe compareceu ao 28º Screen Actors Guild Awards (SAG Awards), ao lado de Jamie Dornan, Jude Hill, Ciarán Hinds e o diretor de Belfast, Kenneth Branagh. O evento aconteceu em Santa Monica, Califórnia (EUA).

A atriz concorria na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante, mas o prêmio da noite foi para sua colega Ariana DeBose, por West Side Story.

Belfast, por sua vez, concorria na categoria de Melhor Elenco em Filme; o prêmio foi para No Ritmo do Coração (CODA), disponível na Amazon Prime Brasil. O filme conta a história de uma garota que é a única pessoa que escuta em uma família com deficiência auditiva. Ela se envolve no coral da escola e se vê dividida entre seguir seu sonho na música ou ajudar a família.

Inicio » Eventos e Aparições Públicas | Events & Public Appearances » 2022 » 02.26 | 28º Screen Actors Guild Awards [Tapete Vermelho]

Caitríona Balfe passou pelo tapete vermelho deslumbrante em um vestido vermelho da grife Saint Laurent. Sua stylist publicou em seu Instagram Story que guardou o vestido desde que ele apareceu nas passarelas, em setembro de 2021.

A irlandesa e o restante do elenco de Belfast conversaram com diversas mídias sobre o sucesso do filme, curiosidades das filmagens e até Outlander. Os vídeos podem ser conferidos a seguir.

Extra TV

Variety

People & Entertainment Weekly

E! Live

Apesar de não levar o prêmio da noite, o elenco de Belfast subiu ao palco para apresentar o filme.

Inicio » Eventos e Aparições Públicas | Events & Public Appearances » 2022 » 02.26 | 28º Screen Actors Guild Awards [Bastidores e Cerimônia]

Caitríona Balfe é a capa e recheio da revista de final de semana do jornal irlandês Irish IndependentWeekend Magazine, de 26 de fevereiro. A atriz comenta sobre sua não indicação ao Oscar, a temporada de premiações, as histórias de Outlander, criar seu próprio destino e sua primeira tentativa como diretora. Será que vem aí?

Eu adoraria crescer e ir além de apenas atuar.

Caitriona Balfe não vai deixar que não receber uma indicação ao Oscar a atrapalhe. Ela fala sobre a temporada de premiações, criar seu próprio destino e sua primeira tentativa como diretora.

Por Stephen Milton

Caitríona Balfe previu. Dias antes de um surpreendente desprezo da lista final do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por sua comovente atuação em Belfast, Balfe previu com precisão uma indicação para Jessie Buckley por A Filha Perdida. Chame isso de instinto teatral.

Entrando cuidadosamente na discussão sobre o que alguns estão chamando de sua indicação “quase garantida” pela sublime carta de amor de Kenneth Branagh para sua cidade natal – considerada “certa” por especialistas da indústria -, juntamente com conversas de uma menção para a estrela etíope-irlandesa Ruth Negga, que também ficou de fora por Identidade, Balfe faz questão de destacar as chances de Buckley. “E quanto a Jessie Buckley“, ela sugere, enquanto fala de Los Angeles. “Ela está absolutamente incrível em A Filha Perdida”.

Entregando uma reviravolta complexa no drama da Netflix de Maggie Gyllenhaal, Buckley, criada em Killarney, era uma não favorita durante toda a temporada de premiações, provavelmente sendo deixada de fora da corrida ao Oscar por Balfe e Negga. Junto de Kirsten Durst de Ataque dos Cães e Ariana DeBose, por West Side Story, ambas as estrelas irlandesas garantiram indicações nos recentes Globos de Ouro e Screen Actors Guild Awards, indicadores tradicionalmente infalíveis da inclusão no Oscar. Buckley também não apareceu.

Ela estava incrível“, continua Balfe, “e A Filha Perdida é um dos meus filmes favoritos do ano. Estou torcendo por ela.

Tentando contem a alegria por sua possível inclusão na lista do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, ela se contorce e sorri, chamando-a de “estranha e incrível“. Mas então eu pergunto. “E se não acontecer?” “[Não há] nada que eu possa fazer quanto a isso,” ela sorri preguiçosamente. “Se Belfast for indicado para alguma coisa, ficaremos em êxtase. Ele era como esta família, este pequeno motor. Ser reconhecido seria muito especial para todos nós. É isso que importa.

Somando sete indicações ao Oscar, incluindo de Melhor Filme e Diretor (Branagh), Melhor Ator Coadjuvante (Ciarán Hinds) e a Dama Jude Dench com uma adição surpresa na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante, os fãs lívidos de Balfe desabafaram sua frustração no Twitter, com alguns dizendo, “Ela foi roubada.

Sempre cheia de classe, Balfe foi às redes sociais para parabenizar seus colegas. “Muito feliz por todos os nossos indicados e por Ken, Judi e Ciarán… Parabéns a toda a nossa família cinematográfica de Belfast.

Embora uma experiência decepcionante para a atriz, seus pais garantiram em uma entrevista dias antes do anuncio das indicações ao Oscar, como só uma mãe e um pai irlandeses podem.

Se não [acontecer] e daí?“, disse o pai Jim, com a mãe Anne acrescentando: “Mesmo a possibilidade disso, é uma grande coisa“.

Conheci a nativa de Monaghan há quase uma década, em 2013, quando ela falava sobre seu maior papel na época — interpretando a filha de Arnold Schwarzenegger em um suspense de fuga da prisão, intitulado Rota de Fuga. Aparecendo em duas cenas, Balfe ficou feliz com o diálogo no roteiro, já que seus papéis anteriores no cinema eram mudos.

Tentando começar a atuar após uma década na alta moda, Balfe estava lentamente pagando suas dívidas. Em 2010, seus pés apareceram em um par de saltos na sequência de abertura de O Diabo Veste Prada. Um ano depois, ela conseguiu seu primeiro papel significativo no cinema como a mãe falecida no sucesso de cinema Super 8. O papel não exigia diálogo. “Visto que minha personagem estava morta, esta foi realmente uma experiência incrível. E pelo menos você podia ver meu rosto.

Em seguida veio o papel da filha de Michael Caine no assalto mágico Truque de Mestre, ao lado de Morgan Freeman e Woody Harrelson. Novamente, sem falas.

Bem, havia falas, mas todas foram cortadas“, ela ri. “Então, a essa altura, fico pensando que eu teria sido uma grande estrela de cinema mudo. Todo mundo fica tipo, ela é ótima, mas não a deixe abrir a boca.

Muito já foi escrito sobre uma carreira brilhante na passarela, lançada por um encontro casual com um olheiro de modelos do lado de fora de um supermercado em Rathmines, na zona sul de Dublin. A filha do sargento da garda desfilou nas passarelas de Paris, Nova York e Milão pelas casas de moda como Chanel, Moschino e Balenciaga. Ela foi apontada como a primeira supermodelo da Irlanda, embora Balfe muitas vezes se descreva como uma das “garotas de colarinho azul”, alguns degraus abaixo de Kate Moss, Naomi Campbell e Gisele Bundchen, que dominavam a fabulosa hierarquia. “Você as via nos bastidores, mas nunca havia um momento em que eu pudesse ir até Naomi Campbell e dizer: ‘Ei Naomi, e aí!

Em uma história tão antiga quanto o letreiro de Hollywood, a modelo decidiu tentar atuar e trabalhou por anos de rejeição, audições malsucedidas e desemprego. Havia curtas-metragens independentes e séries na web que ninguém nunca viu. E, naturalmente, havia dúvidas. “O consenso é que [a indústria] só quer jovens ingênuos e é ridículo começar na minha idade [quase 30]. Essa era a voz na minha cabeça. Isso nunca foi dito para mim, mas esse era o sentimento.

Perseverante, ela finalmente conseguiu uma oportunidade em 2014: o papel principal em Outlander. No que pode ser considerado uma sinopse breve e questionável, a série de fantasia mostraria a atriz interpretando Claire Randall, uma enfermeira militar da Segunda Guerra Mundial transportada de volta no tempo para as Terras Altas da Escócia, durante o século 18, onde ela se apaixona. Balfe estava em dúvida se a série sobreviveria após o episódio piloto. Cinco temporadas depois e com quatro indicações ao Globo de Ouro por seus esforços na série, ela abriu as portas para as grandes ligas, trabalhando com Julia Roberts em Jogo do Dinheiro e Matt Damon e Christian Bale em Ford v Ferrari. E ambos os papéis vieram com muitas linhas de diálogo.

Agora, com sua atuação triunfante em Belfast e uma sexta temporada de Outlander para estrear, eu me pergunto se ela acredita que o sucesso aconteceria.

Eu não sei,” ela pondera, iluminada pelo sol da Califórnia entrando pela janela. “É estranho, não é? Às vezes sim, às vezes não. Eu costumava ter um velho professor de teatro que dizia que coincidências não existem. Houve certos momentos em que certos trabalhos de atuação, os personagens são como pessoas na minha vida, e você fica tipo, ‘ai meu Deus, eu preciso interpretar isso!’ Mas se criamos isso ou não para nos apaziguar e nos dar um pouco mais de confiança, é difícil dizer. A sorte faz parte do destino, talvez? Eu definitivamente recebi muita sorte na minha vida, então talvez eu acredite nisso. As fadas estão cuidando de mim.

Ao longo de uma difícil ascensão, a visão de Balfe como atriz desenvolveu uma capacidade abundante de emoção ressonante e profundidade complexa, demonstrada com habilidade excepcional na última temporada de Outlander.

Baseada na popular série de romances de fantasia da ex-escritora da Disney Diana Gabaldon, a emocionante fusão de aventura, viagem no tempo e paixão de rasgar o corpete fez a saga atrair uma legião de seguidores dedicados, com críticas iniciais estigmatizando-a como “Game of Thrones para donas de casa“. Os fãs suspiraram por causa de uma intensa conexão entre a Claire, de Balfe, e Jamie Fraser, de Sam Heuaghan, um homem robusto de clã que usa kilt. E além do amor excitante, o público se conectou com uma protagonista feminina galante, baseada em inteligência e instinto. Depois que a segunda temporada foi ao ar, um crítico escreveu: “É raro encontrar uma heroína inteligente, engraçada e de cabelos cacheados que também assume totalmente sua sexualidade e senso de identidade. Eu amo uma protagonista feminina forte e Claire é uma das mais fortes por aí.

Aviso: gatilho de estupro

Cruzando um vórtice de tempo ao longo das cinco temporadas, Claire sobreviveu a várias vidas de amor e perda: seu amor por Jamie; a perda de sua filha natimorta, Faith; o amor por sua filha saudável, Brianna; e perda um do outro por 20 anos depois que Claire se teletransporta de volta para a década de 1940. Por fim, se reunindo e se mudando para a América com Brianna à beira da Guerra da Independência, parece que a vida se estabilizou um pouco para a heroína e sua família. Mas ao suportar o estupro coletivo no final da quinta temporada, o mundo de Claire foi irreparavelmente destruído.

Explorar seu trauma e recuperação em detalhes é o centro na nova temporada, algo que Balfe diz que era crucial destacar. “Antes mesmo de filmarmos o estupro, já estávamos tendo essas conversas: se vamos fazer isso, precisamos mostrar a recuperação. Meu medo era tentar encerrar tudo muito rápido.

Como exploramos algo que vai acrescentar à conversa sobre trauma? Uma das coisas que Claire acha muito difícil de fazer é pedir ajuda. Quando suas funções habituais de enfrentamento não lhe servem mais, ela não sabe como proceder. Isso, por sua vez, causa esse TEPT e nós a levamos a um caminho longo e escuro, o que acontece com muitas vítimas. Trabalhei muito de perto com os escritores em como poderíamos ser realmente honestos ao conta essa história neste meio [de fantasia] sem perder o que é importante.

O uso de violência sexual por Outlander como um dispositivo de enredo frequente dividiu espectadores e críticos. Após o ataque de Claire, todos os membros da família central da série – homens e mulheres – já foram vítimas de estupro. Após o final da quinta temporada, uma publicação no site de cultura pop feminista The Mary Sue pediu que Outlander “fosse responsabilizado pelo uso excessivo de estupro”, enquanto um artigo da Entertainment Weekly fez a pergunta: “Era necessário outro estupro?”

Como autora, Diana explora como o trauma sexual afeta as pessoas. Ela é uma mulher de uma época em que não tínhamos permissão para ter essas conversas. Eu moro no Reino Unido, onde as taxas de agressões sexuais dispararam, mas as taxas de processos judiciais despencaram. Temos uma crise de violência contra as mulheres, não apenas mulheres, mas uma crise de violência e violência sexual que está acontecendo na sociedade. Em uma série de fantasia, estamos em melhor posição para examinar isso? Talvez não, mas estamos contando histórias de uma época em que a violência sexual era usada como arma, o que infelizmente é mais relevante do que nunca.

Balfe cresceu no vilarejo de Tydavnet, em Monaghan, a duas horas de carro de Cappincur, nos arredores de Tullamore, onde a jovem professora Ashling Murphy foi tragicamente morta. “É devastador e me sinto tão mal por sua família, por seus amigos“, diz ela. “É essa coisa de, quando estamos seguras? Eu sou alguém que muitas vezes gosta de sair para correr sozinha, a maioria das minhas amigas gosta. É uma verdadeira tragédia que, hoje em dia, as mulheres ainda não se sintam seguras. Sinto muito por essa família e vejo como todos na Irlanda ficaram feridos e chocados com isso. Nós nos orgulhamos de ser um país seguro, onde as pessoas cuidam umas das outras, um lugar onde você terá alguém cuidando de você. Então, sentir que não é o caso, é horrível.

Fim do aviso de gatilho

Como Balfe se reconcilia quando algo assim acontece? Ela é espiritual? “Eu luto para entender por que coisas horríveis acontecem com as pessoas. Elas não merecem. Não faz sentido para mim. Eu diria que sou espiritual, embora há muito virei as costas para a religião institucionalizada. Eu definitivamente acredito na bondade inerente no universo. Eu acredito na bondade inerente no mundo e se você acreditar com isso, talvez possa se tornar um beneficiário disso também. Não sei, é estranho.

Ela deu as boas-vindas ao seu primeiro filho no ano passado, um menino com o marido Tony McGill. A maternidade lhe deu uma nova clareza sobre a vida? “Eh, não“, ela ri categoricamente. “Se isso acontecesse, todas nós não estaríamos muito brilhantes. Talvez isso mude um pouco sua perspectiva, mas clareza, com certeza não. Estou atravessando o dia, tentando fazer dar certo. Isso é uma coisa incrível, esse senso de responsabilidade. Agora você tem a vida de uma pequena pessoa em suas mãos e você é responsável não apenas por mantê-la segura, mas também por não colocar sua bagagem de merda sobre ela. Ensiná-la a ser um bom ser humano, esse será o verdadeiro desafio. Repasse as lições.

O que Balfe aprendeu sobre si mesma ao longo dos anos, principalmente dos seus 20 e 30 anos? “Eu era uma bagunça e tanto nos meus 20 anos e talvez seja isso o que eu aprendi, a ser uma bagunça. Eu tive muita sorte em muitos aspectos. Eu pude viajar pelo mundo, eu pude viver todas essas ótimas experiências, enquanto não tinha certeza de mim mesma, sendo uma bagunça insegura. Mas o que eu aprendi nos meus 30 anos? Que você é o criador de sua própria vida. Não depende de mais ninguém, então se você quer alguma coisa, você tem que trabalhar muito e ir atrás do que você quer. Deixe esse medo de lado. Você realmente só tem uma vida. Se você não fizer, ninguém mais fará por você.

Especialista em reinvenção, Balfe, produtora de Outlander nas últimas duas temporadas, já fez a transição anterior de uma carreira de enorme sucesso para outra. Ela pode pontuar novamente indo para trás da câmera? “O que me atraiu a atuar é ser uma contadora de histórias. Mas depois de chegar a um certo ponto [como atriz], você fica limitada quanto aos tipos de histórias que pode contar. Há uma quantidade de personagens que interpretarei e que se encaixam na minha aparência, na minha idade. Eu quero poder contar histórias envolvendo pessoas que não se parecem comigo ou que não são da minha idade, poder contar diferentes tipos de histórias. Eu adoraria crescer e ir além de apenas atuar.

Sua primeira tentativa na direção parece provável durante a próxima temporada de Outlander.

Ela faz uma careta com força. “Vamos torcer para que eu não seja uma merda.

Um dia antes de sua decepção no Oscar, Balfe recebeu uma indicação ao BAFTA na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante por Belfast, concorrendo com Negga e Buckley na mesma categoria. É a primeira vez que um trio de atrizes irlandesas competirá por uma honra de atuação significativa. Balfe brilha com a perspectiva em potencial durante nossa entrevista. “Três atrizes irlandesas de projetos muito diferentes, todas fazem parte desta conversa das premiações. Quão legal é isso!

Mais tarde naquela semana, me pego vagando pelo Twitter. Entre as demonstrações iradas de consternação sobre sua exclusão do Oscar e condenação dos jurados da premiação por tal descuido, um post bastante fofo se destaca.

Caitriona Balfe estará de volta para seu Oscar. Ela é uma estrela.” Espero que ela veja esse tweet.

Sejam bem-vindos a versão 2.0 do Portal Caítriona Balfe!

Após um longo e tenebroso inverno – na verdade, um período bastante turbulento para todos e que mexeu demais com a minha ansiedade, a pandemia da Covid-19 – nosso site está de volta e com cara nova.

O Portal Catríona Balfe foi reformulado com o intuito de trazer ainda mais informação sobre a carreira de modelo e atriz de Caitríona Balfe.

Navegue pelo nosso Caitpédia que conta com:

  • Biografia: reformulada com uma linha do tempo com os principais momentos da vida pessoal e profissional de Caitríona Balfe.
  • Trabalhos: a grande maioria dos trabalhos de Caitríona Balfe na TV e no cinema agora possuem páginas de informações próprias; as que ainda não estão completas serão completadas até o final deste mês. Além disso, suas participações em programas e podcasts foram listados.
  • Produção: conheça os projetos que contam com Caitríona Balfe como produtora.
  • Premiações: a lista de indicações e prêmios que Caitríona Balfe já recebeu em sua carreira foi atualizada.
  • Curiosidades: a página com curiosidades sobre a vida e carreira de Caitríona Balfe foi criada.
  • Citações: veja as frases mais notáveis ditas por Caitríona Balfe. Esta página será atualizada com mais frases em breve.
  • Sobre ela: veja o que os colegas de elenco e de trabalho têm a dizer sobre a atriz. Esta página será atualizada com mais frases em breve.
  • Recomendações: veja as recomendações de livros, séries de TV e filmes compartilhados por Caitríona Balfe.

Além do Caitpédia, também contamos com uma página com os últimos vídeos legendados que contam com a participação de Caitríona Balfe.

E quem tiver curiosidade sobre a história do nosso site e da administradora dele, a página do site também foi criada! Acesse, também, para conhecer nossos sites parceiros.

A nossa galeria de fotos também ganhou um novo layout, porém ainda não está completa. No entanto, ela está em constante atualização e logo estará repleta de fotos para que todos possam aproveitar.

Espero que tenham gostado do nosso novo layout. E espero também que todos possam aproveitar nosso conteúdo e retornem sempre!

Cami

TwitterInstagram