Caitríona Balfe faz parte do recheio da revista estadunidense Entertainment Weekly de dezembro. A atriz aparece nesta edição graças à bem sucedida estreia de seu filme, Belfast, e toda a conversa em torno de sua possível indicação ao Oscar de Atriz Coadjuvante. Confira a matéria traduzida a seguir e as imagens da revista ao final da página.

Isso te afeta de uma maneira diferente, quando você está fazendo algo que é do seu próprio pessoal“, ela diz à EW.

Em Outlander, Caitríona Balfe passou cinco temporadas apelidada de “Sassenach”, uma palavra em gaélico escocês para uma pessoa inglêsa ou estrangeira – mas em Belfast, ela é tudo menos isso: a atriz irlandesa, de 42 anos, retrata uma versão da mãe do roteirista e diretor Kenneth Branagh .

Conhecida simplesmente como Ma e vista pelos olhos de seu filho de 9 anos, Buddy (Jude Hill), ela está lutando para criar e proteger seus dois filhos na Belfast dos anos 1960, quando a luta nacionalista conhecida como os Conflitos irrompe, levando sua família e o modo de vida para a incerteza.

Isso foi muito presente“, disse Balfe à EW sobre a ameaça de violência que foi uma constante para ela, enquanto crescia na República da Irlanda. “Estava sempre no noticiário e tivemos sustos com bombas em nossa cidade. Mesmo que eu não tenha crescido em Belfast ou no Norte, ainda pareceu muito perto.

Balfe estava há muito tempo procurando por uma história ambientada na Irlanda e ficou imediatamente emocionada pelo roteiro original de Branagh, inspirado por suas próprias lembranças da infância. “Isso te afeta de uma maneira diferente, quando você está fazendo algo que é do seu próprio pessoal“, ela reflete. “A Ma me parecia muito familiar e havia coisas sobre sua luta com as quais eu conseguia me identificar – coisas pelas quais as pessoas da minha família haviam passado.

Belfast não se concentra na política, mas no impacto íntimo que uma situação complexa tem em uma família. “Muito raramente você consegue um roteiro que trate desse tipo de assunto que não seja de alguma forma sobre a ideologia“, diz ela. “Eu havia lido tantos roteiros antes que pareciam glorificar um lado ou outro, mas eu não estava interessada em fazer parte dessa conversa. Este foi algo que eu realmente vi as pessoas e como a vida cotidiana foi afetada.

Uma cena em particular parecia verdadeira. No meio de uma rebelião, Ma obriga Buddy a voltar a uma mercearia que ele ajudou a saquear para devolver uma caixa de cereal roubada. “Qualquer pessoa que tenha uma mãe irlandesa entende essa cena“, diz ela rindo. “Você fará a coisa certa e não importa a que custo.

Gravar a cena foi quase tão angustiante quanto aparece na tela. A equipe teve apenas uma chance de acertar, porque não havia orçamento para reconstruir a loja depois de destruída. “Acredito que ninguém tenha levando em conta o fato de que tínhamos de 20 a 30 caras que ficaram presos em casa por cinco meses e tinham muita agressão reprimida“, diz ela. “Havia prateleiras em todos os lugares e eles estavam indo o mais rápido possível. Eu me lembro de apenas pegar Jude e colocá-lo debaixo do meu braço e abrir caminho.

Filmado no Reino Unido entre os bloqueios da COVID-19 em 2020, o set estava, como Balfe descreve, uma “linda bolhazinha“. A equipe sequestrada começou a parecer uma família, encontrando alegria em meio à crise. Balfe descreve um cenário caloroso, cheio de histórias compartilhadas, partidas de futebol improvisadas e Jamie Dornan (que interpreta Pa) e Hill brincando com um par de pernas de pau durante o tempo livre.

Havia uma liberdade no projeto“, ela lembra. “Isso é algo que vou tentar levar para o próximo.” Parte dessa liberdade também veio de atuar ao lado de crianças. “Jude é instintivo e está apenas brincando“, diz ela sobre Hill. “Então você tem que ser da mesma maneira. É bom permitir que isso faça parte da sua atuação.

Depois de uma série de filmes de época (incluindo um memorável, com Christian Bale em Ford v Ferrari, dos anos 60), Balfe está ansiosa para fazer algo contemporâneo. Mas, primeiro, ela enfrenta o desafio da temporada de premiações. Ela recebeu quatro indicações ao Globo de Ouro por seu trabalho em Outlander, mas agora está recebendo algumas das melhores críticas de sua carreira para Belfast, uma atuação de sutileza ágil e amor abundante.

Ela tenta não pensar muito na conversa de prêmios. Ela deu as boas-vindas a um filho em agosto e diz, “atualmente, minha cabeça está principalmente em fraldas, hora de dormir e esse tipo de coisa“.

Essas coisas são tão fora do seu controle“, ela acrescenta. “Se acontecer, incrível. Se não, bem, este filme é uma das melhores experiências que tive até agora trabalhando. Você tem que apenas pensar sobre isso e se algo mais aparecer, então é lucro.

Para ela, retratar a Ma foi recompensa suficiente. “Ela está tão confortável em seu próprio ambiente e é uma força a ser reconhecida, mas tem muito medo de entrar no desconhecido“, diz Balfe sobre a matriarca. “Como você pode ser uma pessoa tão confiante, mas dentro deste espaço tão pequeno?

Ela está verdadeiramente curiosa sobre essa questão. Depois de viajar no tempo em Outlander e vagar pelo mundo, Balfe se aprofundou em um papel que é muito mais importante.

As imagens da revista podem ser conferidas em nossa galeria através dos links a seguir.

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A revista estadunidense Glamour teve a oportunidade de entrevistar Caitríona Balfe e Jamie Dornan logo após a estreia do novo filme deles, em Los Angeles. Durante a conversa, os atores contaram quando se conheceram e se já assistiram os trabalhos um do outro, como foi trabalhar com Judi Dench e ensaiar para dançar em Belfast. Veja a tradução a seguir.

Eles estrelam como marido e mulher no novo filme de Kenneth Branagh que está dando o que falar na temporada de premiação, Belfast.

Sozinhos, Jamie Dornan e Caitriona Balfe são super estrelas globais com muitos seguidores e uma base de fãs apaixonados. De Outlander e Ford v. Ferrari (ela) a Cinquenta Tons de Cinza e Duas Tias Loucas de Férias (ele), eles acenderam nossas telas de TV e cinema por mais de uma década. Mas se colocados juntos para o novo filme deles, Belfast, terão mais poder do que meu Zoom já viu.

Baseado na experiência do próprio diretor e roteirista indicado ao Oscar, Kenneth Branagh, o filme comovente e sincero conta a história de infância de um menino (interpretado pelo recém-chegado revelação Jude Hill) durante o tumulto do final dos anos 1960 na cidade de seu nascimento. Como Pa e Ma, os atores irlandeses Dornan e Balfe são magnéticos de se assistir e essa química também se traduz a multidões fora das telas.

Neste dia, eles estão juntos em um quarto de hotel de Los Angeles na noite após a estreia de Belfast nos EUA, onde Dornan subiu ao palco na festa pós-filme para cantar Everlasting Love. A música, gravada pela primeira vez no final dos anos 60, se tornou o tema não oficial do filme, graças à sua presença no trailer. Mas na pós-festa, ele recriou o momento para aqueles que tiveram a sorte de estar presentes. Desde então, a cena está circulando em quase todos os lugares.

Sim, não vi nenhuma resposta a isso, então acho que se eu visse, provavelmente me arrependeria de tê-lo feito, mas talvez, eu não sei,” Dornan diz com uma risada. Mesmo que Balfe assegure a ele que foi absolutamente brilhante – o que eu concordo – ele está um pouco hesitante. Como a maioria dos atores, Dornan diz que pode ler todas as críticas positivas do mundo, mas aquela que é ruim será tudo em que ele pensa. Ainda assim, ele admite que sua performance foi “um pouco divertida e um alívio… e também uma coisa de superar o medo, o que eu acho que é muito importante fazer na sua vida. Talvez pareça que eu me divertia lá, mas estava realmente apavorado. Acho que é parte da razão de eu fazer isso para viver. Tenho pavor de atuar na frente das pessoas, mas é bom vencer esses medos.

Garanto ao cara de 39 anos que ele tem um grande futuro pela frente, mas ele diz: “Talvez eu apenas me apresente nas estreias das pessoas. Esse será meu novo trabalho paralelo.” Balfe interrompe: “E casamentos, bar e bat mitzvahs.

Essa provocação é parte do motivo pelo qual os dois são perfeitos na tela – e neste Zoom. Embora possam estar exaustos de viajar para o exterior e dar muitas entrevistas (além disso, Balfe tem um recém-nascido em casa), eles não mostram isso. Com muito entusiasmo sobre o Oscar e simplesmente uma apreciação genuína por estrelar o que está sendo chamado de o filme mais pessoal de Branagh, se você pensou que o poder das estrelas era brilhante o suficiente por si só, espere até ver Belfast. Aqui eles falam sobre cantar, dançar e por que o pobre Dornan simplesmente não era adequado para Outlander.

Glamour: Quando vocês se conheceram? E quais foram suas primeiras impressões?

Caitriona Balfe: Nós meio que nos conhecemos em Toronto há cerca de dois anos. Estávamos ambos lá em projetos separados, mas …

Jamie Dornan: Na verdade, eu tive dois filmes lá [no Festival Internacional de Cinema de Toronto].

Caitriona: Oh, na verdade, desculpe, ele estava lançando dois filmes. Mas Drake Doremus, que dirigiu um de seus filmes [Amor à Três] para o qual você estava lá, trabalhei com ele há muito tempo, então acho que ele nos apresentou. E foi uma daquelas coisas, nós conhecemos um monte de gente em comum, nossos caminhos têm sido um pouco parecidos e era uma coisa muito estranha que não tínhamos nos encontrado até então. E eu pensei, uau, ele não é tão alto quanto eu pensava.

Jamie: Lembro-me de pensar que ela é muito alta para eu trabalhar com ela. E quando eu soube que seria você, pensei que estaria em cima de caixas de maçã durante a maior parte das filmagens.

Caitriona: Isso não aconteceu. [Risos]

Jamie, você já assistiu Outlander?

Jamie: Não. Quer saber? Não assisti, não. Vou simplesmente assumir isso. Eu não tentaria mentir sobre isso, mas na verdade, Caitriona disse ontem que aparentemente eu não sou o público-alvo. Então, eu realmente não sei, homens casados se aproximando dos 40, não serve? Eu era o público-alvo há sete anos quando ela começou?

Caitriona: Não. Bem, eu não diria que ele era um grupo demográfico que… inicialmente respondeu à nossa série, certo? Eu diria que é um público mais feminino e pelo menos inicialmente, no começo, acho que foram as pessoas que leram os livros. Os primeiros livros foram lançados em 1992. Eu teria dito que eles seriam um pouco mais velhos.

Jamie: Entendo, é.

Caitriona: [Agora] temos muitas pessoas de todas as idades assistindo.

Jamie: Esse é um elenco alto.

Caitriona: Sam [Heughan] é mais alto que você. Tobias [Menzies] é mais alto do que você.

Jamie: Qual é, cara.

Caitriona: Graham é mais alto que você. Eu acho, sim. [Risos]

Caitriona, você viu algum dos trabalhos anteriores de Jamie?

Caitriona: Eu vi alguns. Eu não vi 50 Tons de Cinza.

Jamie: Ótimo.

Caitriona: E posso ter visto apenas um ou dois episódios de The Fall.

Jamie: Quem para no segundo episódio de The Fall? Jesus Cristo.

Caitriona: Não sei, mas é muito bom.

Jamie: Não sou bom o suficiente para que você continue, mas “é bom“. [Risos]

Oh meu Deus, vocês estão me matando. [Risos] Então, o que atraiu vocês para Belfast?

Caitriona: Eu queria trabalhar com Jamie Dornan de The Fall.

Jamie: Ela [só assistiu] cerca de 100 minutos de The Fall e foi o suficiente para saber que ela queria trabalhar comigo.

Caitriona: Não. [Risos]

Jamie: É. Tipo, quando [o roteiro de Belfast] apareceu no meu caminho, a única no elenco era Judi Dench, de quem eu tinha ouvido falar bem e bastante. E isso por si só foi o suficiente e eu sabia que todas as outras pessoas com as quais eles queriam preencher o elenco eram pessoas realmente emocionantes também. E eu sou de Belfast – é um tanto óbvio. Se alguém como Kenneth Branagh está fazendo um filme sobre sua cidade natal, você quer participar. Se for para ser honesto comigo mesmo, eu poderia ter lido o roteiro, não gostado muito, e ainda diria sim, provavelmente. Mas, felizmente, eu li, fiquei impressionado e senti que este é um dos maiores presentes que já recebi como ator, até agora. Então foi fácil, é.

Caitriona: E acho que fui uma das últimas a entrar [no projeto], então, quando recebi a ligação pela primeira vez, o elenco já estava praticamente decidido. Seria Judi, Ciarán, Jamie… mas meu agente ligou e disse: “Há esse projeto, estas são as pessoas envolvidas.” E daí foi: “Você leria o roteiro e entraria no Zoom com o Ken?” E o roteiro é lindo. Ken, eu acho, é mais conhecido por sua atuação e direção, mas ele é um escritor incrível. A personagem era incrível e ela realmente me tocou. Então, foi simplesmente um rápido sim.

What is your favorite “I got to work with Judi Dench” story? Wait, what are you doing Jamie? [He’s putting on his face mask inside the hotel room.]

Jamie: Sorry, I’m a fiddly person. [Laughs.] But yes, Caitriona has more scenes with her than me overall, even though she was my mother and your mother-in-law. My favorite story was when we were doing all the cinema stuff, which we did in one afternoon and we’re showing Chitty Chitty Bang Bang. And I turned to Judi and said, “Geez, Judi, how many times have you seen this movie? Must be countless.” Well, she’s never. I said, “What do you mean ‘never’? You’ve never seen Chitty Chitty Bang Bang?” She says, “No, I went to see Bambi when I was a kid and it was so gruesome what happens and the mother dies early on.” And then she also saw Snow White and somebody ate the apple and died. I don’t remember the one other movie she mentioned….

Qual é a sua história preferida “Trabalhei com Judi Dench”? Espere, o que você está fazendo Jamie? [Ele está colocando sua máscara facial dentro do quarto do hotel.]

Jamie: Desculpe, sou uma pessoa complicada. [Risos] Mas sim, Caitriona tem mais cenas com ela do que comigo no geral, embora ela fosse minha mãe e sua sogra. Minha história preferida foi quando estávamos fazendo todo a cena do cinema, o que fizemos em uma tarde e estávamos exibindo O Calhambeque Mágico. E eu me virei para Judi e disse: “Nossa, Judi, quantas vezes você viu esse filme? Devem ser incontáveis.” Bem, ela nunca assistiu. Eu disse: “O que você quer dizer com ‘nunca’? Você nunca viu O Calhambeque Mágico?” Ela diz: “Não, eu fui ver Bambi quando era criança e foi tão horrível o que aconteceu e a mãe morreu cedo.” E então ela também viu Branca de Neve e alguém comeu a maçã e morreu. Eu não me lembro de um outro filme que ela mencionou…

Foi Cinquenta Tons de Cinza? Ela viu Cinquenta Tons de Cinza cerca de 10 vezes, certo?

Jamie: Claro que ela viu esse. Tipo, ela não mora num buraco. Ah, sim, espere, foi Dumbo, o que, novamente, é uma coisa bem angustiante e isso simplesmente a afastou do cinema. Então, ela quase não viu nenhum filme. Então eu meio que testei ela e disse: “Você viu O Poderoso Chefão?” E ela disse: “Meu Deus, não!

Caitriona: Tipo, é incrível que ela tenha participado de tantos filmes incríveis e não [veja filmes]. Há uma cena em nosso filme em que eu e Judi estamos sentados à mesa e Will (Lewis McAskie) está na sala conosco e Jamie, Ciarán e Jude estão atrás. E o Ken simplesmente nos pediu para improvisar muito, o que é uma das coisas mais incríveis que já fiz na minha carreira, acho, – improvisar com Judi Dench, porque ela é incrivelmente engraçada. Ela é uma das pessoas mais jovens e efervescentes que você já conheceu. Ela simplesmente tem essa energia e essa luz.

Jamie: Um brilho.

Caitriona: E sim, você meio que tem que se impedir de ficar olhando para ela ou pelo menos eu tenho. Tipo, ela é uma pessoa, pare. Mas foi incrível apenas poder trabalhar com ela e atuar com ela foi simplesmente incrível.

Jamie: O Ken trabalhou com ela, acho, 12 vezes e isso é obviamente muito único e raro, mas apenas dizer que você trabalhou com ela é um grande presente. Trabalhar com ela tão de perto é um prazer.

Caitriona: E Lewis (que interpreta nosso filho, Will) completou 15 anos quando estávamos filmando o filme e quando eles estavam filmando a cena do funeral, ele usou um terno com corte dos anos 60 realmente ótimo. Lewis foi, “Eu amo este terno,” e era seu aniversário na semana seguinte. E a Judi foi e comprou o terno para ele. Esse é o tipo de pessoa que ela é. Ela ouviu, lembrou-se e sabia que seria algo especial. Ele ficou tão feliz. Tipo, ele estava vestindo o terno na semana passada.

Jamie: Ele estava usando na estreia também. É tão fofo.

Então, temos que falar mais sobre a cena de música e dança Everlasting Love, que é tão charmosa e divertida de assistir. Jamie, é você cantando, certo?

Jamie: Sim, mas não no dia. Felizmente, gravei a faixa depois que terminamos, alguns meses depois. Então, no dia eu estou apenas dublando a banda Love Affair [que gravou a música em 1968, depois que Robert Knight gravou primeiro]. Mas no corte final, você realmente tem que prestar atenção, mas há nossas duas vozes lá. Eu sinto que minha voz começa mais forte e, então, eles meio que a diminuem. [Risos] Então, talvez desapareça um pouco, o que é justo. E, definitivamente, deveria ser liderado pelo [Steve Ellis do Love Affair] com uma voz muito poderosa e incrível. Mas é, na edição final estou lá, mas não só eu. Não.

O quanto vocês ensaiaram para essa cena?

Caitriona: Bem, muito. Fizemos muitos ensaios de dança, mas foi muito corrido, porque não havia muito tempo livre. Era um almoço aqui ou uma tarde ali, era muito Jamie e eu meio que parados na frente do nosso trailer, “Qual era a música mesmo? Qual era o passo?” Mas Aletta Collins, nossa coreógrafa, foi incrível. Ela encontrou uma maneira de nos dar algo que realmente conseguíamos alcançar. Mas é um momento tão importante na história e é um momento tão importante para os dois personagens. Eles estão chegando a um momento em que estão quase prontos para se separar e tudo está quase que completamente perdido, mas você tem este lindo momento em que eles se lembram da base de seu amor, então não importa o que aconteça…

Jamie: O amor é eterno.

Caitriona: O amor é eterno. Ai está.

Finalmente, há aquela cena, Jamie, com você como Pa e Jude como Buddy, em que você fala sobre respeitar religiões diferentes. Qual é a mensagem que você espera que o público leve quando sair do cinema?

Jamie: Acho que provavelmente está bem perto do momento final. Acho que se relaciona com qualquer guerra civil ou qualquer divisão tribal e muito difícil de entender que começou há muito tempo. E você chega a um ponto em que você fica tipo, “Jesus Cristo, se honestamente estamos aqui porque eles vão para aquela igreja ou vão para aquela igreja, esse é o motivo de estarmos todos fodidos…” Quero dizer, é loucura. Eu sou um grande defensor, na Irlanda do Norte, sobre a integração do sistema escolar que é menos de 5%… integração católica-protestante, o que é uma estatística chocante. E, como resultado disso, muitos dos problemas seriam corrigidos. Então, aquela cena no final em que o Pa diz que não se importa com a religião da garota que o filho gosta, desde que ele a respeite, e que a família dela sempre será bem-vinda… isso se aplica a tantas situações. É universal. Acho que é parte do motivo pelo qual o filme foi recebido tão calorosamente por tantas pessoas diferentes, em lugares diferentes. Isso apenas refina tudo, eu acho que se as pessoas saírem do filme com esse senso [fizemos nosso trabalho]. Se todos pudermos nos tratar bem, isso seria uma coisa boa.

Falou bonito. E o que foi mais emocionante em trabalhar com Jude, que é realmente uma revelação?

Caitriona: Jude foi simplesmente uma grande alegria de se assistir e estar por perto. Digo, tanto ele quanto Lewis e Lara [que interpreta a prima Moira] são crianças tão boas. E Jude e Lewis eram como verdadeiros irmãos no set e ele tinha tanta responsabilidade, já que estava participando muito do filme. E quando não estava filmando, eles eram enviados para aulas particulares. Então, ele estava sempre ocupado e nunca reclamava. Ele nunca ficava cansado, estava sempre preparado e isso tornava as coisas muito fáceis.

Jamie: Sim, ele tem muito a fazer. É o filme dele; estamos apenas por lá. Mas ele sempre sabia as falas, não é?

Caitriona: Sim.

Jamie: Quero dizer, certamente comparado a você.

Caitriona: [risos] Não é verdade.

Jamie: Não, estávamos todos prontos. Você não quer errar na frente de pessoas como Ken e de todo mundo.

Em entrevista ao Pittsburgh Post-Gazette, Caitríona Balfe fala sobre Belfast, suas raízes irlandesas e a possibilidade de ser reconhecida pelo seu trabalho no filme, através de uma indicação ao Oscar de atriz Coadjuvante. Leia a entrevista traduzida a seguir.

Caitriona Balfe fala sobre Belfast, suas raízes irlandesas e sua surpreendente conexão com Pittsburgh

Os Confrontos eram inevitáveis ​​para qualquer pessoa que atingiu a maioridade na Irlanda ou na Irlanda do Norte do final dos anos 1960 até o final dos anos 1990.

Basta perguntar a Caitríona Balfe, uma das estrelas de Belfast, o novo filme semiautobiográfico do roteirista e diretor Kenneth Branagh que narra os esforços desesperados de uma família para manter uma aparência de normalidade no auge do conflito. O filme está sendo (foi) exibido na quinta à noite no Tull Family Theatre em Sewickley como parte do Three Rivers Film Festival, antes de estrear nos cinemas na sexta-feira (12).

Balfe cresceu na Irlanda e regularmente cruzava os postos de controle militares na fronteira para fazer compras com sua família na Irlanda do Norte, onde a violência era comum entre nacionalistas católicos e sindicalistas protestantes. Seu pai era sargento da Garda, o serviço de polícia nacional da Irlanda, e estava posicionado perto da fronteira.

Ela “lembra visceralmente” a frequência dos bombardeios durante os Conflitos, especialmente um na cidade de Enniskillen, na Irlanda do Norte, no final dos anos 1980.

Mesmo que eu não estivesse nisso, isso definitivamente fazia parte da trama da minha vida e teve um efeito nela“, disse Balfe ao Post-Gazette. “Não dá para crescer naquela época naquela região sem que isso seja uma presença importante em sua vida. Entender isso, sendo uma criança, o por que das pessoas estarem bombardeando lugares e matando gente na rua, molda sua compreensão da vida e do mundo.

A maioria das pessoas que estão familiarizadas com a atuação de Balfe a conhecem da série de fantasia histórica da Starz, Outlander. Em Belfast, ela interpreta Ma, a matriarca de uma família protestante pacifista no final dos anos 60, em Belfast. A história é contada a partir da perspectiva de seu filho, Buddy (Jude Hill), cuja família também inclui seu pai (Jamie Dornan), irmão (Lewis McAskie), avó (Judi Dench) e avô (Ciaran Hinds).

Balfe queria encontrar um filme em que pudesse trabalhar em sua Irlanda natal e o roteiro de Branagh para Belfast a convenceu rapidamente do projeto.

Muitas vezes, quando você recebe um roteiro sobre o norte, ele foca apenas na ideologia ou romantiza a violência ou de alguma forma tenta justifica-la“, disse ela. “Esta foi a primeira vez que li um roteiro que focava nas pessoas e no coração delas, na resiliência e no humor. Nem me fale em morrer de vontade de poder interpretar algo! Eu estava tipo, ‘Por favor, isso seria um grande privilégio e um sonho poder atuar nisso.’“.

No filme, Balfe mostra uma ampla gama de emoções, enquanto o mundo ao seu redor parece estar desmoronando, às vezes literalmente. A exuberância e a exasperação que ela expressa em igual medida “são coisas que eu entendo“, e ela se inspirou no amor que recebeu de sua mãe, enquanto elaborava sua performance.

Um dos elementos que tornam Belfast tão comovente é o quão autêntica a família parece. Balfe disse que no início da produção, Branagh colocou ela, Dornan, Dench e Hinds sentados em uma sala por três horas, enquanto ele os interrogava sobre como eles e seus pais teriam reagido a certas coisas.

Aprendi muito sobre Judi, Jamie e Ciarán de uma maneira muito pessoal e, da mesma forma, eles aprenderam sobre mim“, ela disse. “Eu não acho que daria para ter feito nada melhor para unir e criar laços com as pessoas… Isso acabou com qualquer um dos meus medos ou ansiedades sobre não ser boa o suficiente ou não ter experiência suficiente. Você simplesmente se sente muito conectado a essas pessoas.

Enquanto Belfast chega aos cinemas {dos EUA e Canadá) esta semana, Balfe espera que a “perda da inocência” e os laços familiares que ele retrata ressoem com o público em todo o mundo, incluindo Pittsburgh.

Espero que todos gostem!” ela declarou durante nossa entrevista, depois explicou que uma de suas amigas mais próximas é, como ela disse, “Pittsburghiana“. Ela adoraria que todos assistissem Belfast em um cinema.

Se pudermos fazer isso com segurança, é muito importante que voltemos a compartilhar nossa experiência de assistir com os outros, porque isso adiciona outro nível à experiência de assistir filmes“, disse ela.

Todo o trabalho árduo de Balfe pode ser recompensado com sua primeira indicação ao Oscar. O site de previsão de prêmios Gold Derby diz que seu desempenho é um dos três com a  maior probabilidade de receber uma indicação ao Oscar de atriz coadjuvante. Balfe está ciente dessa conversa e admite que, embora receber o amor da Academia seria “muito legal“, também é “tão arbitrário e distante que acho perigoso começar a pensar muito nisso.

Mesmo se a academia ignora-la em Belfast, ela ainda terá uma base de fãs extremamente apaixonada e firmemente devotada em seus sucessos profissionais.

Às vezes, sinto que tenho uma gangue de mães de artista que estão interferindo de uma maneira adorável fora de cena“, ela brincou. “É algo muito estranho, mas muito adorável. É realmente cativante e elas são as pessoas mais adoráveis.”

Caitríona Balfe é a capa e recheio da revista irlandesa que acompanha o jornal Business Post deste domingo, 14 de novembro. Em entrevista exclusiva, a atriz falou sobre seu novo filme Belfast e a maternidade.

Confira a tradução da matéria na integra e, por favor, dê os devidos créditos ao Portal Caitríona Balfe, caso ela seja repostada.

“A maternidade é bastante assustadora… antes dela eu era apenas responsável por mim” – entrevista exclusiva com Caitríona Balfe

A estrela da capa da Irish Tatler, gratuita com o Business Post deste domingo, tem estado ocupada – com um filho de dois meses, um filme comprovável indicação ao Oscar e outra temporada de Outlander a caminho. Ah, e já falamos da campanha ambiental ou do gim?

Caitríona Balfe não parece uma nova mãe. Ela não tem a aparência cansada e atordoada de quem está realmente privada de sono, nem exibe a expressão frenética de uma mulher arrancada à força de sua vida por causa das fraldas e mamadas noturnas. Ela se senta diante de mim, calma e implacável, seu rosto de 42 anos protegido por uma armação preta enorme, seu cabelo escuro preso em um coque. Quando comento sobre sua compostura, ela ri.

Ele dorme muito bem“, ela diz sobre o filho. “Acho que o universo me deu o que eu poderia aguentar.”

Essas afirmações são típicas da atriz, que tem uma graça tranquila e confortável. Emergindo do que ela descreve como “um pequeno casulo” com o marido e o filho, ela está comigo para promover Belfast, seu último filme, um estudo comovente da vida familiar nos primeiros dias dos Confrontos da Irlanda do Norte. Escrito e dirigido por Kenneth Branagh, ele nos leva de volta à infância dele e ao verão de 1969. Lindamente filmado em preto e branco, com uma trilha sonora de Van Morrison e um elenco que inclui Judi Dench e Ciarán Hinds, o diálogo de Branagh acerta a classe trabalhadora de Belfast em toda a sua resiliência e humor ácido, com alguns cenários assumindo a dureza anedótica de histórias que foram recontadas com amor ao longo dos anos.

Descrito como sentimental por alguns críticos, muito de seu poder reside em sua ternura. Nada preparou Balfe para ler o roteiro.

“Fiquei tão emocionada. A empatia que o Ken tinha por seus pais, por todos os personagens, era tão comovente. Ele fez a jornada da criança sair da confusão e da raiva para o perdão e isso dá para perceber. O irmão e irmã dele tiveram participações especiais no filme, o que diz muito. Mas o que eu mais amei no filme é que não se tratava de ideologia. Foi tão bonito que ele se concentrou em uma família: você sentiu o peso de tudo muito mais, e a tragédia. ”

O recém-chegado Jude Hill interpreta Buddy, o eu de nove anos de Branagh, enquanto Balfe interpreta a mãe de Buddy. Como foi, no set, habitar a memória de Branagh? Ela balança a cabeça.

Ken é muito inteligente para isso. Ele deixou claro que não precisávamos ser versões do pais dele. Mas ele também nos contou tantas histórias sobre seus pais e isso não poderia deixar de se transparecer“, ela diz.

A atriz está em um momento de sua vida em que está refletindo muito sobre sua própria infância. Crescendo em Monaghan, a quarta mais velha de cinco, seus pais adotariam mais dois, ela passava os dias pescando e subindo em árvores.

Sempre havia gente por perto, eu não estava acostumada a ter meu próprio espaço. Foi divertido.

Ela tem suas próprias lembranças dos Conflitos: “Eu me lembro de soldados camuflados, enormes postos de controle do exército, helicópteros, viagens através da fronteira para o dentista. Era tudo meio que normal.

Ela sempre quis ser atriz. “Desde que posso me lembrar, eu estava colocando a maquiagem da minha mãe na frente do espelho, fazendo sotaques, interpretando pessoas diferentes.

Foi quando ela estava estudando teatro no Dublin Institute of Technology que ela foi descoberta para ser modelo, uma carreira que a levaria por todo o mundo, trabalhando em campanhas para nomes como Chanel e Givenchy.

Eu lembro disso e me pergunto por quê fui tão longe nessa jornada. Pensei que faria isso por um ou dois anos e a ideia de viajar era tão inebriante. Mas quando eu estava lá, era difícil descobrir como voltar a atuar.

No entanto, ela não tem arrependimentos reais.

Eu não era madura o suficiente para atuar e essa experiência de vida extra me ajudou a levar a atuação mais a sério, mais tarde.

Foi uma transição fácil da passarela para a tela?

Não, foi muito difícil. Quando me mudei para LA, eu não conhecia ninguém. Demorou um pouco para eu conseguir um emprego e meus dois primeiros trabalhos nem tinham fala.

Então veio Outlander.

Eu estava passando por um período particularmente ruim. Já fazia um tempo desde meu último trabalho e eu havia sido dispensada por um agente. Mas então, tudo aconteceu muito rápido. Eu fui contratada em um dia, estava em Glasgow algumas semanas depois e agora, nove anos depois, ainda estou lá.

Depois de LA, demorou um pouco para se acostumar com o clima na Escócia, mas havia uma sensação real de volta ao lar.

A paisagem, as pessoas são muito semelhantes à Irlanda“, ela diz.

Gravar a última temporada da série durante a gravidez foi um desafio.

Normalmente, não sou uma pessoa nervosa ou ansiosa, mas a gravidez acrescentou uma camada disso. Minha agenda era difícil. Eu trabalhava 14 horas por dia, 5 dias por semana. Eu voltava para casa e meu marido dizia que eu precisava comer alguma coisa, mas eu já estava dormindo.

A barriga apareceu logo no início.

Todo mundo disse, oh, ela não vai aparecer, mas eu estava chamando atenção,” ela ri. “Acho que houve muito trabalho de pós-produção.

Descrever o parto como “uma coisa bizarra e louca” deu a ela um respeito totalmente novo pelo seu corpo.

É incrível que nossos corpos possam fazer isso“, diz ela.

Ela está fazendo as pazes com seu corpo pós-parto lendo a obra da poetisa Cleo Wade.

Suponho que estou lutando agora com a realidade de que sou a responsável. Isso é bastante assustador. Antes, eu era responsável apenas por mim.

Quando Balfe não está atuando, ela é a patrona da World Child Cancer, uma organização que oferece às crianças em todo o mundo direitos iguais a tratamento e cuidados oncológicos. Ela também é uma defensora apaixonada do meio ambiente, tanto que fãs de Outlander plantaram árvores no aniversário dela, uma iniciativa conhecida como #ProjectCaiTREEna que levou ao plantio de mais de 100.000 árvores até hoje.

Durante o lockdown, ela até lançou seu próprio gim, o Forget Me Not, com parte dos lucros indo para as artes. Pergunto a ela se tornar-se mãe aprofundou seu compromisso com a mudança.

Eu poderia estar fazendo muito mais“, ela diz. “Tenho pensado muito sobre em que estado estamos deixando este planeta. Como chegamos a este ponto e que papel minha geração desempenhou nisso? Somos viciados em conveniência. Mas agora estamos além da responsabilidade individual. É preciso haver grandes iniciativas governamentais. Não entendo com a tecnologia que temos, porque não estamos fazendo mais. Conseguimos fechar países, fechar viagens, mas não podemos salvar o planeta? Onde está a vontade política?

Ela levará seu filho para casa em Monaghan em algumas semanas.

Será a primeira vez que estarei em casa em vinte meses. Sinto muita saudade dos meus pais e da minha família. Graças a Deus pelo FaceTime.

Não somos a família mais tecnológica, então eu vi muitos abajures e orelhas e não muitos rostos“, ela ri.

Balfe e seu marido decidiram não revelar o nome do filho publicamente, por respeito à privacidade dele.

Sou uma pessoa muito aberta“, ela diz, “mas aprendi que existe uma pequena quantidade de pessoas que querem perseguir você e sou cautelosa“.

Ela voltaria a morar na Irlanda?

Estou constantemente procurando algo para filmar na Irlanda. Eu adoraria voltar. Tenho essa fantasia de morar em Cork. Não sei por quê. Só estive lá uma vez.

Então, o que dizer do futuro? Se tratando de trabalho, outra temporada de Outlander se aproxima. Quando eu a pressiono sobre quaisquer reviravoltas inesperadas na história, ela fica calada.

Não tenho permissão para dizer nada“, ela diz.

Ela gostaria de fazer mais filmes.

Tive muita sorte, não fiz muitos filmes, mas gostei muito dos que fiz. Mas estou em um estágio agora em que gostaria de fazer algo contemporâneo.

Houve investidas na produção.

Tenho dois projetos que estou desenvolvendo no momento. Gosto de produzir, porque estou usando uma parte totalmente diferente do meu cérebro. Estou olhando para o todo de tudo. Também adoro trabalhar com escritoras. Estou maravilhada com as mentes dessas mulheres. Como elas criam essas coisas?

Ela mesma escreve. Eu me pergunto se a gestação de seu filho, a reformulação de sua própria infância que inevitavelmente ocorrerá com a criação dele e a experiência de Belfast se combinarão em sua psique para criar uma história de sua própria infância.

Ela ri, e seu corpo se inclina um pouco para a esquerda, onde em algum lugar, em outro quarto, seu filho está dormindo. Quando ela fala, sua voz é irônica.

Porque eu tenho muito tempo no momento, né?

Caitríona Balfe foi entrevistada pelo USA Today, durante a divulgação de seu mais novo filme da Facus Features, Belfast. Na ocasião, a atriz falou sobre sua infância, crescendo muito próximo a fronteira com o sul da Irlanda do Norte, se tornar mãe e como isso a fez entender sua personagem ainda mais.

Antes de conhecer seu rosto, você deve ter visto os pés de Caitríona Balfe.

A estrela de Outlander conseguiu um de seus primeiros papéis no cinema como figurante em O Diabo Veste Prada, de 2006, passeando por Nova York com saltos de grife na amada comédia dramática de Meryl Streep.

É a cena de abertura, onde todos estão andando em frente ao prédio (da revista Runway), que é quando acho que meus pés podem aparecer,” Balfe relembra com uma risada. “Eu vi a Meryl, mas não passamos tempo (no set). Não acho que podíamos chegar muito perto.

Quinze anos depois, Balfe se junta à lenda da atuação na corrida para o Oscar de 2022, já que ambas são candidatas ao prêmio de melhor atriz coadjuvante: Streep para a próxima sátira da Netflix sobre as mudanças climáticas Não Olhe Para Cima (nos cinemas em 10 de dezembro e na Netflix na véspera de Natal), e Balfe pelo conto de amadurecimento Belfast (nos cinemas sexta-feira – no Brasil, em janeiro), escrito e dirigido por Kenneth Branagh.

Os analistas de premiação da Indiewire e da Next Best Picture estão chamando Balfe de favorita na categoria, enquanto Belfast está bem preparado para uma indicação de melhor filme.

A resposta ao filme foi impressionante“, disse Branagh, elogiando Balfe pela compaixão e inteligência que ela trouxe para sua atuação. “Ela acessa a um certo tipo de ferocidade que minha mãe tinha. É uma raiva eletrizante que te faz sentir que ela poderia mudar o mundo.

Belfast é inspirado na infância de Branagh na Irlanda do Norte, nos anos 1960, durante os Conflitos na Irlanda do Norte (Troubles), um confronto político e nacionalista entre católicos e protestantes que durou três décadas. Balfe interpreta a afetuosa e inabalável Ma, que deseja desesperadamente que sua família possa permanecer em seu bairro benevolente em Belfast, apesar da escalada da violência.

O forte desejo de Ma de permanecer em Belfast leva a um confronto choroso em um ônibus com seu marido (Jamie Dornan), que sugere que eles deixem a Irlanda para ajudar a proteger seus filhos Buddy (Jude Hill) e Will (Lewis McAskie). É o tipo de cena que atrai os juízes do Oscar.

Eu entendi o medo e a dor dela: como você deixa tudo e entra no desconhecido?” diz Balfe, que nasceu em Dublin. “Mesmo que esta seja uma história pessoal do Ken, eu reconheci Ma imediatamente. Há muito da minha mãe nela e muitas das mulheres irlandesas que eu conheço. Elas ficam com raiva rapidamente, amam e se divertem rapidamente.

A Caitríona consegue retirar camadas de artifício humano para ela“, diz Branagh. Sua capacidade de sentir empatia “tão plena pela dor de partir realmente me tocou.

Balfe tem sua própria conexão pessoal com os Conflitos: quando jovem, ela se mudou para um pequeno vilarejo ao sul da fronteira com a Irlanda do Norte, depois que seu pai, o sargento da polícia, foi transferido para lá em meio ao conflito em andamento. Ela se lembra de viagens de compras e visitas ao dentista em que eles passavam por postos de controle do Exército Britânico, com soldados apontando metralhadoras para o carro da família.

Isso era normal na minha mente, quando criança, porque foi exatamente o que vimos“, diz Balfe. Mas ela ficou particularmente abalada por um atentado a bomba não muito longe de sua casa, quando ela tinha 7 anos: “Foi a primeira vez que consegui compreender o que realmente estava acontecendo. Lembro-me de ter visto na TV e de ficar muito assustada.” Os sustos das bombas continuaram quando ela era adolescente, mas crescendo perto da fronteira, “era apenas um pano de fundo contínuo para a sua vida.

Belfast é um filme sobre tolerância e resiliência, bem como uma carta de amor aos filmes que moldaram Branagh (daí o preto e branco). Balfe se apaixonou por filmes assistindo A Mocidade é Assim e Todos os Cães Mecerem o Céu e começou a atuar no teatro juvenil. Ela acabou se matriculando na escola de teatro, mas fez um “desvio” quando foi descoberta por um agente de modelos aos 18 anos, aparecendo em desfiles de Marc Jacobs, Giorgio Armani e Victoria’s Secret.

Depois de uma década, “eu estava um pouco infeliz fazendo o que estava fazendo“, disse Balfe, que desejava tentar atuar novamente. “Foi uma daquelas decisões tipo, ‘É agora ou nunca, Balfe.’

Balfe fez sua estreia como atriz no filme de aventura de ficção científica de J.J. Abrams, Super 8, em 2011 Mas foi seu papel principal no romance da Starz, Outlander, como a viajante do tempo Claire, que conquistou legiões de fãs. Ela se lembra de ter recebido o telefonema de que havia sido escalada em 2013, quando estava na cada de uma amiga que acabara de colocar os filhos para dormir.

Foi o mais quieta que eu já fiquei ao aceitar um emprego. Fiquei tipo, ‘Não posso acordar os gêmeos!” Balfe diz. Enquanto ela se prepara para a sexta temporada da série, que vai ao ar no Starz no ano que vem, Balfe credita Outlander pelo “inestimável” treinamento e “confiança” que ela lhe deu: “Depois de uma série de TV no ar por um longo tempo, você pode enfrentar qualquer coisa.

Em agosto, Balfe anunciou que deu à luz seu primeiro filho com o produtor musical Tony McGill, seu marido há dois anos. Embora ela não tenha dormido muito nos últimos meses promovendo o filme, “ter um bebê é a coisa mais incrível“, diz Balfe. “Tem sido um malabarismo, mas é bom ter minha antiga vida de volta e também ter esse lindo garotinho.

Balfe passou muito tempo com suas co-estrelas crianças e suas mães, filmando Belfast e “de alguma forma, isso me encorajou a ir em frente e ter meu filho“, ela diz. “Se eu pudesse ter com meu filho o mesmo relacionamento que eles têm com as mães deles, acho que ele seria muito feliz.

Como uma nova mãe, ela também sente uma conexão ainda maior com sua personagem do que quando fez o filme.

Após ter seu filho, “Ken (Branagh) me ligou e disse: ‘Isso significa que temos que refazer as cenas agora?’“, Balfe diz. “Eu fiquei tipo, ‘Talvez devêssemos fazer um filme do antes, apenas eu e Dornan por uma hora e meia tentando fazer um bebê dormir de novo.’ Mas não sei se isso seria tão bom.

As fotos que acompanham a entrevista podem ser conferidas através dos links a seguir.

Inicio » Ensaios fotográficos | Photoshoots » 2021 » 003 | Robert Hanashiro [USA Today]

Na tarde de ontem (03), o perfil oficial do mais novo projeto de Caitríona Balfe, Belfast, divulgou seu primeiro trailer oficial.

O filme escrito e dirigido por Kenneth Branagh fez sua estreia mundial na última quinta-feira (02) no Festival de Cinema de Telluride. Ele também estreará no Festival de Cinema Internacional de Toronto. No cinema, nos Estados Unidos, ele estreará em 12 de novembro.

Um filme semiautobiográfico que narra a vida de uma família da classe trabalhadora e a infância de seu filho durante o tumulto do final dos anos 1960 na capital da Irlanda do Norte.

Além de Caitríona Balfe, estão no elenco do filme Judi Dench (avó), Jamie Dornan (pai), Ciarán Hinds (avô) e Jude Hill (Buddy). O filme já possui redes sociais oficiais no Facebook, Twitter e Instagram.

As fotos promocionais de Caitríona Balfe podem ser conferidas em nossa galeria.

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Caitriona Balfe é mamãe!

Após uma gravidez mantida em segredo, Caitriona Balfe anunciou em 18 de agosto o nascimento de seu primeiro filho com o marido Anthony “Tony” McGill, em uma publicação no Instagram.

A atriz compartilhou uma imagem preta e branca de sua mão segurando a mãozinha de seu filho, explicou o sumiço das Redes Sociais e ainda aproveitou para listar algumas organizações que poderiam se beneficiar de doações para ajudar crianças pelo mundo.

Eu estive longe das redes sociais por um tempo, já que estava tirando um tempo para curtir preparar este pequeno humano… Somos tão gratos por esta pequena alma… Por ele ter nos escolhido como pais. Já estou deslumbrada por ele e não consigo evitar olhar e imaginar todas as possibilidades de quem ele se tornará, para onde ele irá e o que ele fará na grande aventura da vida dele. No momento, ele parece tão pequeno e frágil e constantemente penso o quão grata sou por viver em um lugar e em uma época em que ele pode nascer  em tranquilidade e segurança, mas ainda, ao mesmo tempo, vejo tantos no mundo que não têm esse privilégio e oportunidade. Que nascem na fome ou na guerra e quão injusto é que a mesma segurança não está lá para todas as crianças. Aqui no ocidente temos tanto, temos tanta sorte e, portanto, se você gostaria de se unir a mim em apoiar qualquer dar maravilhosas entidades de caridades que necessitam de ajuda para tentar dar a esses que estão esquecidos de dignidade e esperança, podemos dar o presente da paz, segurança e oportunidade para mais crianças… @WChildCancer @chooselove @UNICEF @Refugees

Esta é uma das notícias mais lindas deste ano e desejamos que esse carinha tenha muito amor e muita saúde. Parabéns aos novos mamãe e papai!

(Em tempo: estamos planejando voltar a atualizar nosso site, nossas redes sociais e nossa galeria. Em breve estaremos de volta!)

Desde 2001, a revista irlandesa Irish Tatler vem reconhecendo os feitos das mulheres irlandesas tanto em seu país natal como ao redor do mundo. Elas superam as barreiras a cada ano, para mostrar uma visão única e começar conversas necessárias sobre o lugar das mulheres irlandesas na sociedade, no local de trabalho e no mundo em geral.

Geralmente, a divulgação da lista é acompanhada por um evento de gala; infelizmente ele não acontecerá este ano.

As 12 mulheres de 2020 foram escolhidas pela revista Irish Tatler e pelo jornal The Business Post por representarem o alcance da conquista feminina na Irlanda hoje e por estimularem a conversa sobre o que 20 anos de conquistas femininas significam e o que os próximos 20 podem trazer.

Na categoria Internacional encontramos Caitriona Balfe. Confira a breve entrevista feita por Rosanna Cooney.

A primeira supermodelo da Irlanda e premiada atriz Caitriona Balfe entrou em um novo espaço político este ano e está comprometida a formar uma unidade online.

Balfe começou um clibe do livro, a cada mêz selecionando autores de diferentes nacionalidades, escrevendo sobre diversas culturas e épocas.

“Acho que você algo que você obtém ao ler os pontos de vistas das outras pessoas é a empatia e um senso real de nossas semelhanças e diferenças,” diz Balfe.

“Durante a maior parte da minha vida, tudo o que testemunehri foi a derrubada de fronteiras e a unificação de pessoas e parece que chegamos a um ponto no mundo em que a política está indo ao contrário.”

Ao lado de uma ampla aclamação por sua exploração dos desejos e sexualidade femininos da série de drama Outlander, Balfe repetidamente usa a sua plataforma para chamar a atenção para a injustiça social.

“Sinto que todos temos a responsabilidade de ver o que está acontecendo no mundo e se você notar coisas que podem ser consertadas ou feitas melhor, todos devemos tentar responsabilizar as pessoas que elegemos para fazê-lo,” ela diz.

A matéria aparece na edição de 08 de novembro da revista Irish Tatler.