Parade: Caitriona Balfe fala como Claire Fraser se sente realizada na quinta temporada de ‘Outlander’

  • 05 de fevereiro de 2020

Durante sua passagem pela Associação dos Críticos da Televisão (Television Critics Association) para divulgar Outlander, Caitriona Balfe falou ao Parade.com sobre a nova temporada da série que estreará em breve, ser produtora e os desafios da Claire.

Ela tem a família dela, ela tem amor na vida dela, ela tem uma paixão e um chamado.

Quando a seca de Outlander terminar em 12 dias com a estreia da quinta temporada da série, algum tempo terá passado nas montanhas da Carolina do Norte. Fraser’s Ridge terá crescido e prosperado, Jamie (Sam Heughan) e Claire (Caitriona Balfe) terão construído uma casa “grande” com um local de cirurgia para Claire praticar medicina e eles serão avós amorosos do filho de Brianna (Sophie Skelton), Jemmy.

É muito legal poder interpretar alguém que é muito madura e está em um momento feliz em sua vida,” Balfe disse aos repórteres da Associação dos Críticos da Televisão (Television Critics Association). “Claro, coisas acontecerão e haverá momentos obscuros, mas acho que, no sentido geral, ela tem sua família, tem amor em sua vida, tem uma paixão e um chamado. Imagino que isso faça dela uma pessoa muito completa e realizada e é legal interpretar isso.

Mas, mesmo que a Claire esteja feliz em sua vida, ela não está acima de correr riscos para garantir a saúde das pessoas em sua comunidade. Na quinta temporada, baseada em A Cruz de Fogo, de Diana Gabaldon, Claire é capaz de dedicar tempo novamente a seu papel de cirurgiã e realmente expandi-lo como curandeira na comunidade.

Ela tem tanto conhecimento do século XX que acredita que poderia realmente ajudar esta comunidade e as pessoas ao seu redor, se pudesse trazer algumas das coisas que usou naquela época para esta,” diz Balfe. “Obviamente, isso vem com muitos riscos. Vemos que ela se arrisca ao explorar o tipo de cirurgia que teria feito no século XX e também tentando desenvolver medicamentos que usava no século XX. Nós brincamos muito com quais são as consequências de testar o destino e brincar de Deus? Mas essa é, definitivamente, uma tentativa muito arriscada para a Claire nesta temporada.

Você sente que os instintos dela são os seus instintos a esta altura? Você a conhece muito bem?

A esta altura, é muito orgânico interpretá-la, mas acho que ainda há espaço para ser surpreendida. Ainda haverá coisas que surgirão e que são desafiadoras, diferentes e novas, e isso é muito bom nesta altura da série, porque acho que se não fosse esse o caso, tudo ficaria muito triste.

E quanto a esta temporada em particular? O que te desafiou?

Eu tenho uma história no final da temporada que é muito desafiadora. Eu realmente não posso falar muito sobre isso, mas é uma história que trouxemos do livro seis [Um Sopro de Neve e Cinzas] e foi um material realmente desafiador. Corremos um risco com a maneira como estávamos fazendo isso visualmente e com a narrativa. Ainda não vi, então espero que tenha valido a pena, mas foi bom. Foi bom ter algo que pediu muito de mim, novamente, nesta altura da nossa série.

Como sua abordagem em interpretar a Claire ao longo dos anos evoluiu e mudou à medida que a série progredia?

Eu acho que no começo, você está criando tantas lembranças para um personagem e elas são feitas completamente pela sua imaginação. Você precisa construir um banco antes de começar, porque precisa criar uma vida. Enquanto que agora, cinco anos depois, cada cena que você faz é como uma lembrança da vida dessa pessoa. Então, tudo o que falamos, já filmamos e vivemos, em certo sentido.

Dessa forma, a preparação é um pouco diferente, porque grande parte dela já está dentro de você. Suponho que você não precise criar tanto, mas, novamente, ainda precisa se concentrar tanto no dia 550 quanto no dia 1. Caso contrário, para mim pelo menos, se eu não estiver dedicada e focada, eu não estaria aproveitado. A série continua nos desafiando e essa é a melhor maneira de te manter concentrada, eu acho.

Você aprendeu alguma coisa do relacionamento fictício de Claire e Jamie e que você aprecia?

Eu acho que a comunicação. Você vê como as coisas vão mal quando eles não se comunicam. Então, acho que essa é uma boa lição para tirar disso.

Como você assumiu o papel de produtor este ano? É mais do lado do roteiro ou do dia a dia?

Bem, acho que neste ano, nos tornamos produtores muito tardiamente, meio que logo antes de começarmos a filmar. Para mim, é muito importante que este não seja apenas um título de vaidade, mas também não gostaria de chegar lá e dizer, “Ei, pessoal, eu sou uma produtora agora.” Eu queria aprender e acho que essa foi a parte mais gratificante disso, apenas poder participar de todas as reuniões de produção, ver como ela acontece e onde podemos acrescentar. Espero que continuemos a expandir isso para esta temporada.

Você poderá ler os roteiros com antecedência?

Sim, e, acho, participar de reuniões, mesmo quando eles estiverem dividindo as histórias, participar dessas divisões iniciais. Isso é bom e, para mim, é uma parte que realmente me interessa em fazer, indo mais adiante. É bom poder ampliar meus horizontes e expandi-lo dentro desta série que já me deu tanto.

O que fazer uma série que se passa na década de 1770 faz você gostar sobre viver em 2020?

Todos os dias somos muito gratos por vivermos nesta época. Andando por aí nesses trajes e absorvendo toda a lama e tudo o mais em suas bainhas, você fica muito atenta muito rapidamente do quão difícil deve ter sido.

A série tem sido apresentada pela STARZ como uma história de mulheres, mas existem tantos caras que são absolutamente dedicados a essa série. Por que você acha que ela tem um apelo sem gênero?

Eu acho que se você olhar a esta altura da história, verá quatro atores que interpretam dois casais muito diferentes, mas muito equilibrados. Eu acho que não é mais um conto de uma mulher do que o de um homem. Temos muita ação. Temos muita intriga política. Não sei se alguma mulher está menos interessada nisso do que algum homem. Acho que a maioria dos homens também procura amor, então acho que esses são temas universais com os quais lidamos. O que acho que fazemos lindamente em nossa série é dar a você esta ótima fantasia e essas histórias épicas, mas a fundamentamos em momentos muito reais e honestos. É com isso que espero que as pessoas se conectem.

Você tem um novo membro no elenco, o Adso. Houve algum momento divertido com aquele gato completamente adorável?

Tivemos algumas cenas em que o gato estava na varanda e, quando eles disserem “corta” tínhamos cerca de 15 pessoas o procurando, porque ou ele foi para embaixo de algum vão ou para o meio da floresta. Nunca é fácil trabalhar com animais. Simplesmente não há como treinar um gato.

Agora, o quanto você consegue andar por aí sem ser reconhecida? Você está procurando maneiras de não ser reconhecida?

Eu consigo. Eu não estou usando uma peruca encaracolada, então eu consigo passar despercebida bastante. É ótimo. Às vezes, mesmo quando estou ao lado de Sam, as pessoas não me reconhecem.

A quinta temporada de Outlander estréia em 16 de fevereiro no STARZ.